Eletro Santa Clara



Eletro Santa Clara

Mais uma vez, os trabalhadores da Eletro Santa Clara da região de Curvelo, que buscam na Justiça o direito de receber a indenização trabalhista, por demissão, viram frustradas suas expectativas de, finalmente, obter o que garante a lei. No último dia 10 foi realizada mais uma audiência na 1ª Vara do Trabalho de Curvelo, presidida pela juíza Vanda Lucia Horta Moreira. A empreiteira e a Cemig resistem em pagar o que é devido aos trabalhadores. A representação da Cemig, inclusive, permaneceu na reunião assistindo de camarote.

Na audiência, apenas foi proposto um acordo para o pagamento das verbas rescisórias em 17 parcelas, mais um salário e meio de bonificação, sob a condição de extinção do contrato de trabalho. Também foi imposto que trabalhadores não reclamariam mais direitos na Justiça impondo um acordo. Já foi expedido alvará para liberar o FGTS. Dos cerca de 130 demitidos, 22 trabalhadores aceitaram o acordo, numa ação orquestrada pela empreiteira que, segundo informações recebidas pelo Sindieletro, propôs que os 22 aceitassem o parcelamento da dívida trabalhista em três parcelas.

A juíza marcou nova audiência para 19 de março. Os trabalhadores esperam que, dessa vez, a Justiça do Trabalho exija a solução definitiva, determinando o pagamento de todos os direitos da rescisão contratual.

A indignação dos trabalhadores demitidos da Santa Clara persiste e fica maior a cada dia, sobretudo quando lembram que, em 16 dezembro de 2014 o próprio dono da Santa Clara disse que o seu patrimônio vale três vezes os contratos com a Cemig, mas que não poderia pagar a indenização dos trabalhadores porque a venda seria demorada. Naquele dia, ele afirmou, também, que esperar pela venda de imóveis deixaria os trabalhadores perto de morrerem de fome. Por outro lado, a DDC liberou cerca de R$ 900 mil para a Eletro Santa Clara pagar seus compromissos, inclusive a indenização. Mas o dinheiro não foi usado para pagar dívida com os trabalhadores.

Indignados

A maior parte dos eletricitários das empreiteiras que atendem a Cemig, está sob responsabilidade da DDC.É para essa gerência o recado dos trabalhadores da Santa Clara: “Enganam a gente de todas as maneiras, é um total desrespeito. Acho que a Justiça deveria dar a sentença logo, garantindo nossos direitos, multar e mandar prender os gestores que não cumprirem a decisão. Queremos justiça!”, afirmou um dos demitidos. Outro trabalhador acrescentou que a Cemig tem condições de honrar com o pagamento dos direitos dos trabalhadores. “Por que esperar a Santa Clara, por que a Cemig não nos paga e depois cobra da empreiteira?”.

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