Mais de 100 trabalhadores da Ecel, empresa terceirizada que presta serviços para a Cemig e que atua na região da cidade de Ipatinga cruzaram os braços na luta pelos seus direitos. Eles reivindicam a implantação de plano de saúde pela empresa, fim dos atrasos constantes no pagamento de salários e pagamento correto das horas extras. Os trabalhadores ainda denunciam que são forçados a cumprir jornadas nos finais de semana, sem receber nada em troca, e que a empresa não paga o tíquete alimentação há 15 dias.
A maioria dos trabalhadores recebe salário mínimo (quatro a seis vezes menos do que um eletricista do quadro próprio da Cemig) e é forçada a trabalhar por produtividade, mesmo atuando no sistema elétrico de potência, o que aumenta muito as chances de acidentes.
Hoje, a Ecel, que não dialogava com os trabalhadores, tentou radicalizar cortando a alimentação e exigindo que os eletricitários que vieram de Montes Claros deixassem o alojamento da empresa. Contudo, a postura dos trabalhadores não mudou e, no fim da tarde, a Ecel recebeu os eletricitários e abriu negociações sobre a pauta de reivindicações. A greve continua por tempo indeterminado.
Para o Sindieletro, a greve da Ecel só reforça o espírito de luta que tem marcado julho, com trabalhadores de empreiteiras saindo às ruas, fazendo greve e lutando por seus direitos.
Uma só categoria!
Há dois anos a empresa recolhe o imposto sindical e nega-se a divulgar a sua destinação. Esses trabalhadores não possuem representação sindical reconhecida. Por isso, uma das reivindicações dos eletricitários hoje era de que tivessem assegurada a representação sindical pelo Sindieletro.
O Sindicato apoia o movimento e irá acompanhar a luta dos companheiros em Ipatinga. Na luta, por vida, dignidade e trabalho para todos! A categoria dos eletricitários é uma só!