Na quinta-feira, dia 11, os eletricitários participaram do Dia Nacional de Lutas, dando exemplo de força e organização da categoria. Junto com outras categorias de trabalhadores, eles encerraram a grande passeata realizada em BH na sede da Rede Globo, na Avenida Américo Vespúcio, no bairro Caiçara, onde cobraram a democratização da comunicação no Brasil.
O coordenador Geral do Sindieletro, Jairo Nogueira Filho, faz uma avaliação de como foi o dia de mobilização dos trabalhadores na capital mineira. "O ato foi muito positivo, pacífico, e não tivemos nenhum problema de violência. A população apoiou o movimento, indo para as. Conseguimos cumprir nosso papel hoje", afirmou. "A união das centrais foi muito importante e conseguimos fazer um grande ato em Belo Horizonte. Tivemos uma manifestação em frente à Cemig, que simboliza o que há de pior no governo neoliberal em Minas Gerais com precarização dos serviços e má qualidade dos serviços para a população", completou.
Os eletricitários seguiram também em passeata pelo Elevado Castelo Branco, no centro da capital. Os trabalhadores pediram a mudança do nome do Elevado para Helena Grecco: mineira e incansável defensora dos direitos humanos e da cidadania.
A conentração dos trabalhadores foi na Praça Sete. Foi lá o começo da passeata. Os eletricitários spassaram pelas ruas e avenidas do Centro de Belo Horizonte, pela Prefeitura de BH e pela Cemig, no bairro Santo Agostinho. Em frente à Cemig, os manifestantes fizeram grande vaia à direção da Cemig. Jairo Nogueira Filho, coordenador geral do Sindieletro, denunciou o repasse de R$4,5 bi de lucro para acionistas, enquanto população paga uma das tarifas mais caras do Brasil. Ele também lembrou que morrem 5 trabalhadores a serviço da Cemig por ano em Minas. Agora, os manifestantes caminham para a sede do Banco Central e a Assembleia Legislativa.
Os trabalhadores não assistiram a mobilização nacional convocada pela CUT e pelas demais centrais sindicais na acomodação do sofá, pela TV ou pelas redes sociais. A categoria, que nunca dorme, somou as suas pautas às lutas coletivas e levando para as ruas um recado bem claro: o preço das passagens já caiu e a PEC 37 também. Tá na hora de derrubar a terceirização em Minas e na Cemig, ajudando a escrever uma nova história para a sociedade.
Cumprindo a programação nacional, trabalhadores, estudantes e participantes dos movimentos sociais realizaram também manifestações no interior de Minas. O Brasil inteiro também foi tomada por multidões nas ruas. Além das reivindicações dos trabalhadores, todos os participantes cobraram transporte público de qualidade, investimento de 10% do PIB para a educação e 10% do orçamento da União para a saúde. Também cobram maior investimento dos estados e municípios para melhorar o atendimento à população. Manifestantes vão protestar contra a terceirização sem fim, cobrando o arquivamento do Projeto de Lei 4.330, a eliminação do fator previdenciário e a valorização das aposentadorias.
As bandeiras dos trabalhadores incluem a defesa da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução dos salários e o fim da dispensa imotivada. Além disso, os manifestantes vão defender a reforma política, auditoria nas grandes obras públicas, passe livre para estudantes e o fim das parcerias público-privadas (PPPs).
Em Minas luta pela democracia e pela justiça na conta de luz
As manifestações cobraram também a democratização dos meios de comunicação, agilidade na Reforma Agrária, moradia digna para todos e o fim dos leilões do petróleo.
No caso de Minas Gerais, destaque para a luta contra a repressão e a criminalização das mobilizações populares e dos trabalhadores pelo governo do Estado. Manifestantes cobrarão a redução das tarifas de energia em Minas, que, por causa da cobrança abusiva de ICMS, é uma das mais caras do país.