Eletricitários lutam contra dias difíceis no Brasil e na Cemig



Eletricitários lutam contra dias difíceis no Brasil e na Cemig

Além dos prejuízos para toda a classe trabalhadora, o governo ilegítimo de Michel Temer traz perdas e ameaças que atingem principalmente os eletricitários.

As reformas Trabalhista e da Previdência têm levado vários trabalhadores a anteciparem o seu desligamento da Cemig, dando a quem fica a sensação de esvaziamento no quadro de pessoal. E, de fato, não é só uma sensação, é uma realidade.

Quem já completou 50 anos corre para conseguir a aposentadoria no INSS, e quando o desânimo é maior, se lança no PDVP, que deve atingir mil adesões.

Já o trabalhador que não tem tempo de casa e não pode sair rápido, se desespera com medo de ter que trabalhar mais de 20 anos e perder o FGTS.
O drama psicológico é agravado pelo clima ruim na empresa, que mantém uma gestão marcada pela falta de perspectiva para os trabalhadores. Esse foi o relato de vários trabalhadores ouvidos pela reportagem do Chave Geral na capital e interior.

Ao invés de valorização e da possibilidade de promoção, o que se vê na Cemig é mais terceirização e incentivo ao desligamento, gerando o problema sério da perda do conhecimento técnico.

Com a saída de centenas de eletricitários o saber da empresa, que já foi referência, vai se perdendo. Mas os gestores parecem não se importar com isso.

Com quadro de pessoal menor, há sobrecarga e precarização do trabalho em toda empresa. O baixo astral vem junto com a indignação contra o PCR e a PLR e também com os gestores que tentam fazer com que o trabalhador pague mais uma vez a conta do endividamento e da má gestão da empresa.

A situação das quatro usinas que estão prestes a irem a leilão (Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande), que coloca em risco metade do parque gerador da Cemig – faz parte das conversas diárias dos trabalhadores. O risco da venda desses símbolos históricos da Cemig - ou a ameaça de privatização de no mínimo 51% das ações das hidrelétricas, como cogitou a direção da empresa - deixa a categoria em alerta.

Sabemos que é nas crises que se mudam as estruturas de um país e de uma empresa e que se aumenta a força de um povo e de uma categoria. Por isso, o Sindicato faz um chamado para os eletricitários: vamos enfrentar com garra e coragem essa terceira tentativa de privatizar a Cemig, defender as usinas e derrubar as ameaças que rondam nossos direitos e a nossa empresa. Só com esperança e luta chega-se à vitória.

Essa força vai garantir nossos direitos, nossos patrimônios e o futuro dos empregados da ativa e aposentados.

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