A Campanha Salve a Energia, lançada em março de 2021, unificou centenas de categorias, lideradas pelos urbanitários e eletricitários, para denunciar as consequências do que 29 milhões de unidades consumidoras, em quase todos os estados do país, sofreram na terça-feira (15): um apagão sem explicações.
O lançamento da campanha foi virtual, por conta da pandemia do novo coronavírus, mas a Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) e o Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) tinham o objetivo de informar a população sobre a importância da manutenção da Eletrobras estatal.
As organizações diziam que se tratava de “garantir a soberania energética do Brasil, trabalhadores qualificados para garantir o fornecimento de energia sem apagões e contas de luz com valores que não visam o lucro”. E neste ponto está um dos problemas deste apagão, conforme o CNE.
“A identificação das causas do apagão anunciado poderá demorar mais devido à falta de quadro técnico experiente e capacitado alvo dos desligamentos (de pessoal) desenfreados por parte da Eletrobras”, argumenta o CNE. Em 2021, essas demissões já tinham começado e depois da privatização se intensificaram.
FNU e CNE denunciavam que a intenção era que a iniciativa privada colocasse as mãos na empresa responsável por 30% da energia produzida no país e 50% da transmissão, contando com empresas do porte de Furnas, Chesf, Eletronorte, Eletronuclear, Eletrosul e Cepel, que possuem um papel estratégico para o crescimento econômico e social nas regiões onde atuam.
Na ocasião, Nailor Gato, vice-presidente da FNU e coordenador do CNE, declarou que “a Eletrobras, com baixo endividamento e forte fluxo de caixa, está pronta para investir em obras estruturantes aumentando a capacidade brasileira de geração e transmissão de energia”.
Fonte: jornal GGN