A direção da Cemig continua muito atrasada na relação com seus trabalhadores. Insiste na mais ultrapassada política de pessoal e tenta impor um modelo para a distribuição dos lucros com privilégios e metas individuais que serão conhecidas apenas depois da assinatura do acordo. Mas a resposta da categoria para este modelo proposto, que só penaliza o trabalhador, começa a vir das assembleias que o Sindieletro realiza desde a última segunda-feira, 18.
Na portaria da Cemig na Rua Itambé, em Belo Horizonte, eletricitários rejeitarem praticamente por unanimidade a proposta da empresa e aprovaram greve e mobilização intensa para exigir a abertura das negociações.
O coordenador do Sindieletro na Regional Metalúrgica, Jefferson Silva, destacou que o objetivo da Cemig é isolar os trabalhadores para retirar mais direitos, dando continuidade à política adotada pela empresa nos últimos anos de atacar o Acordo Coletivo. "Temos que virar a página de retirada de direitos e lutar para que o nosso ACT seja preservado e para termos novas conquistas. E isso só será possível com muita disposição dos trabalhadores para a mobilização e a greve. Prova disso foi o movimento grevista dos bancários que marcou presença junto à população e trouxe conquistas para a categoria", ressaltou.
As assembleias que serão realizadas em todo o Estado até sexta-feira, 22, vão definir os rumos da campanha dos eletricitários para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho e da PLR.