No último dia 16 de abril, os leituristas da Sertrim obtiveram a primeira conquista na luta por emprego e condições de trabalho dignas.
Durante audiência realizada na Superintendência Regional do Trabalho para denunciar irregularidades e sonegação de direitos cometidos por parte da empresa, a mediadora Alessandra Parreira definiu, já durante o encontro, que a Sertrim deverá fornecer, além do vale transporte para o deslocamento casa/trabalho/casa, outro cartão para garantir o transporte dos trabalhadores durante o horário de serviço.
Antes, os leituristas se deslocavam somente a pé para realizar todo o trabalho. Além do acordo com relação ao transporte, também ficou definido que a Sertrim deverá realizar três créditos extraordinários no cartão alimentação de todos os trabalhadores da empresa, no Valor de R$ 100 cada, a título de compensação por descontos indevidos.
Leituristas da Sertrim conquistam vale transporte para deslocamento durante trabalho; também receberão valores retroativos referentes ao vale alimentação. Entenda o caso
Os trabalhadores da Sertrim se organizaram para lutar e denunciar irregularidades cometidas pela empresa, como atraso no salário, nas férias e no tíquete alimentação, além de falhas no pagamento do vale transporte e na assinatura dos contracheques. A Sertrim foi autuada
pelas irregularidades cometidas.
Além da Sertrim e de representantes dos trabalhadores, a Cemig, como co-responsável nas relações trabalhistas, foi intimada e teve que participar da audiência na SRTE.
Na reunião de mediação, foi avisado que a Sertrim passará por fiscalização pela equipe do Ministério do Trabalho e Emprego e, se as irregularidades persistirem, a empresa será multada.
Na avaliação dos leituristas que acompanharam a negociação, houve alguns avanços na mesa mediada pela SRTE, mas o debate para construir um Acordo Coletivo Único que corrija injustiças não foi iniciado na audiência, frustrando as expectativas.
Em todo o Estado são cerca de 420 trabalhadores acumulando a função de leitura e entrega das contas da Cemig pela Sertrim, mas recebendo apenas pela atividade de leitura. Além dessa exploração, os leituristas sofrem com o frequente desrespeito da empresa a seus direitos trabalhistas.