O eletricista da empreiteira Eletro Pedro, que atua no Noroeste de Minas, Uarles Faria de Morais de 28 anos, casado, sofreu grave acidente de trabalho no dia 11 de julho, ao fazer a substituição de cinco postes de concreto deteriorados na cidade de Brasilândia de Minas, a 200 quilômetros de Paracatu.
Uarles estava retirando o cabeamento do terceiro poste quando este quebrou a cerca de um metro de altura de sua base, lançando o eletricista ao solo. Por sorte o poste não caiu sobre o trabalhador.
Com a queda, Uarles fraturou o maxilar, o antebraço direito, uma costela e o dedão do pé direito. Socorrido pela equipe, o eletricista foi levado, primeiramente para o hospital em Brasilândia, mas como a unidade de saúde não dispunha de estrutura adequada, foi transferido para o hospital de Paracatu, onde aguarda, na fila do SUS, uma vaga para se submeter a uma cirurgia ortopédica para colocação de pinos no antebraço e ser avaliado por um dentista.
Não bastasse o descaso com a saúde e segurança, como de praxe, a empreiteira está tentando jogar nas costas do trabalhador a culpa pelo acidente.
O diretor do Sindieletro na Regional Triângulo, William Franklin, está fazendo gestão junto à Cemig, para que a Eletro Pedro transfira o trabalhador para um hospital particular para fazer a cirurgia o mais rápido possível.
Em abril, um acidente semelhante aconteceu na localidade Caçarena, no Norte de Minas, o eletricista da empreiteira Esec, Jeová Martins de Souza, quebrou as duas pernas quando o poste em que trabalhava caiu.
O Sindieletro cobra a responsabilidade da Cemig e da Eletro Pedro, o trabalhador não pode ficar sem atendimento médico adequado. Enquanto a terceirização segue matando, mutilando e quebrando trabalhadores na Cemig, a diretoria da empresa continua omissa, e essa omissão vai gerar ainda mais acidentes por culpa da negligencia dos gestores do governo Anastasia.