Eletricitária é seqüestrada na porta da Cemig em Betim



Eletricitária é seqüestrada na porta da Cemig em Betim

Na quinta-feira, dia 30, por volta das 13h10, uma eletricitária da Cemig que trabalha na unidade Betim foi sequestrada e mantida por uma hora e quarenta minutos nas mãos dos criminosos, sofrendo todo tipo de ameaças e pressão psicológica. A trabalhadora voltava do almoço quando foi abordada por três homens na entrada do estacionamento da Cemig de Betim.

Segundo relato da própria trabalhadora, que está extremamente abalada, os bandidos a jogaram no banco traseiro e transitaram por Betim e rodovias, o tempo todo com o revólver apontado para o seu pescoço. Os criminosos, além de ameaçar assassiná-la, disseram que voltariam para pegar sua filha.

Após uma hora e quarenta minutos a trabalhadora foi solta em uma estrada deserta que corta uma mata. Eles a obrigaram a informar a senha do cartão de banco e levaram sua bolsa. A eletricitária conseguiu ajuda em uma residência próxima ao local onde os criminosos a deixaram e conseguiu bloquear o cartão de crédito a tempo de impedir que os ladrões sacassem o dinheiro do banco.

O crime poderia ser evitado se a gerência da Cemig de Betim ouvisse o alerta dos eletricitários e do Sindieletro. Há cerca de cinco meses um trabalhador da Cemig, também seqüestrado, mas em local distante da empresa, alertou a gerência da empresa em Betim do risco de acontecer um assalto e até seqüestro na entrada e saída de carros no estacionamento. Supervisores e gerentes da empresa na cidade ignoraram o alerta e o resultado, infelizmente, foi o previsto.

Trabalhadores e o Sindieletro cobraram a reabertura da portaria de cima do prédio, disponibilizando guarita e um vigilante para garantir a segurança dos trabalhadores que entram e saem da empresa, pelo estacionamento. O sindicato também advertiu que era preciso que a CIPA no local discutisse o assunto.

Mais uma vez o Sindicato não vai se calar. Ao não ouvir a advertência, as chefias demonstraram indiferença com a segurança dos trabalhadores. Agora, vamos novamente cobrar da empresa a solução apontada pelos trabalhadores.

Horas de pavor

“Foi horrível, traumatizante. Continuo com muito medo”, desabafou a trabalhadora. Para ela, a solução para a segurança dos companheiros e dela própria, que usam o estacionamento da Cemig de Betim, é mesmo a reabertura da portaria de cima do prédio da Cemig, com porteiro e guarita.

Vários trabalhadores de Betim fizeram coro, lembrando que a rua Manoel Silva Pereira, onde fica o portão do estacionamento, é deserta e que há risco que mais crimes possam ocorrer no local.

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