Os eletricitários não aguentam mais as condições precárias de trabalho devido ao número reduzido de pessoal próprio. Para o Sindieletro, a solução virá somente quando a Cemig negociar a proposta da categoria para a celebração do Acordo Coletivo Específico de Primarização.
Na semana passada, eletricistas da área de Sub-transmissão, que atuam na região Leste, responsáveis por serviços em rede elétrica com potência de até 161 kV, deram o recado: não suportam mais tanta precarização, estão no limite.
“Nossas condições de trabalho são bastante ruins. Já fizemos jornadas de trabalho de mais de 30 horas, porque estamos atuando com equipe de apenas quatro eletricistas e ainda existe a previsão da nossa equipe ter apenas três trabalhadores. Falta pessoal, mas o trabalho só vem aumentando”, desabafou um eletricista, da equipe de Governador Valadares.
Outro trabalhador disse que as viagens a trabalho ocorrem de segunda a sexta-feira, com muitos trajetos que ultrapassam 300 quilômetros. Segundo ele, a vida familiar ficou prejudicada. “Dificilmente podemos planejar mais tempo com esposa e os filhos, pois chegamos em casa pregados e estressados. Isso é desumano, precisamos de qualidade de vida”, acrescentou.
Para o Sindieletro, os trabalhadores estão certos, a solução passa pela primarização das atividades-fim. Mas nada virá de bandeja, só as mobilizações farão a diferença para conquistarmos a contratação de mais pessoal. Vamos participar do 16 de julho, Dia de Paralisação.