Em 1973, nascia em Buritizeiro o guerreiro Edvaldo Pereira, mais um desses seres de luz que conseguiu superar a dura vida no semiárido norte mineiro para se entregar à luta coletiva, se tornando uma importante liderança sindical e popular. Atualmente, foi eleito como diretor de Relações com os Beneficiários da Cemig Saúde. Seu pai e sua mãe trabalhavam como boias-frias para sustentar doze filhos. Os boias-frias são trabalhadores rurais que não possuem vínculo empregatício, e essa expressão remete ao modo como se alimentam, uma vez que não tem condições de esquentar suas marmitas. São trabalhadores que passam por muitos obstáculos e provações diariamente.
Concursado pela Cemig aos 17 anos, Edvaldo assumiu o cargo de leiturista. Nessa época, trabalhou por dois anos em Várzea da Palma e por mais quatro em Carandaí. Em 1996, passou por seleção interna e se tornou eletricista de redes aéreas. Trabalhou na localidade de Senhora dos Remédios até os anos 2000. Depois, atuou em Barbacena até 2014, ano em que assumiu a coordenação da regional Mantiqueira pela diretoria do Sindieletro – apesar de já integrar a direção do Sindicato desde 2009.
Edvaldo é formado em administração de empresas e direito, com especialização em empresas de pequeno porte. É casado e tem dois filhos, de seis e 17 anos. Em 2020, assumiu a tarefa de se candidatar ao conselho da Cemig Saúde. Por conta de sua importante atuação, também foi eleito como DRB em 2022.
É importante ressaltar que Edvaldo é o primeiro homem preto a assumir o referido cargo e o primeiro a não receber o adicional ao salário pago para todos os diretores que o antecederam. Para piorar a situação, a gestão Zema na Cemig ainda cortou 30% do seu salário bruto. O vínculo do DRB com a ouvidoria, onde os beneficiários realizavam as recorrentes reclamações, também foi cortado.
Por conta do seu engajamento na defesa dos direitos dos trabalhadores da Cemig, da ativa e aposentados, Edvaldo tem sofrido uma série de perseguições e assédios no ambiente de trabalho. Se tornou vítima de lawfare (guerra jurídica), instrumento jurídico usado contra representações da esquerda, uma prática recorrente da direita liberal na gestão de estatais. Reafirmamos que qualquer tentativa de impedimento da atuação do DRB Edvaldo Pereira e dos conselheiros na Cemig Saúde será tratada de forma incisiva pelo Sindieletro.
Com certeza, a história de vida de Edvaldo foi uma escola para prepará-lo para outros enfrentamentos em sua jornada. Muitas pessoas não suportariam a pressão e o assédio que ele vem sofrendo à frente da Cemig Saúde. Solidarizar com nosso DRB Edvaldo Pereira é garantir a continuidade da qualidade do seu trabalho em defesa do nosso plano de saúde. Edvaldo, estamos com você nessa luta!