Educadores e educadoras da rede pública de Minas decidem pela continuidade da greve



Educadores e educadoras da rede pública de Minas decidem pela continuidade da greve

Durante a tarde da quinta-feira (20/2/2020), o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) realizou uma Assembleia Estadual no pátio da Assembleia Legislativa, quando foi aprovado o calendário de lutas e a continuidade da greve por tempo indeterminado.

Milhares de educadores e educadoras, representantes de todas as regiões do Estado, reivindicaram ao governo Zema o cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional, a defesa do emprego e de uma educação pública de qualidade social.

Outro ponto cobrado foi a sanção de Romeu Zema à Emenda 2/2020,  de autoria da deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT/MG) e assinada por vários parlamentares, já aprovada em Plenário, que estende a política salarial a todas as carreiras do funcionalismo.

Calendário de lutas aprovado:

Foi elaborado um calendário de lutas para o próximo período e aprovado durante a Assembleia Estadual:

– Continuidade da greve por tempo indeterminado

– 22 a 26: Carnaval da Educação

– 2,3 e 4/3 – Assembleias locais e reunião do comando de greve

– 5/3: Assembleia Estadual (Pátio da ALMG) e vigília na Cidade Administrativa

– 18/3: Greve Nacional da Educação

Após a votação do calendário, a categoria seguiu em passeata até a Praça da Liberdade. Pelas ruas de Belo Horizonte, os trabalhadores e trabalhadoras em Educação protestaram contra a falta de isonomia na política salarial, o sucateamento da educação pública e em defesa do emprego.

Balanço da greve – Luta só aumenta em todo o estado

A coordenação-geral do Sind-UTE/MG anunciou a todos e todas presentes que 59% da rede estadual de educação foi atingida pela greve.

A mobilização tem avançado e está sendo construída com as comunidades escolares. “Todos os dias recebemos novas adesões. Por todo o estado, os trabalhadores e trabalhadoras estão na luta em conjunto com as famílias, comunidades escolares e estudantes. A coletividade presente na construção da greve unifica nossa luta por dignidade remunerativa, valorização da carreira e defesa do direito a uma educação gratuita, pública e de qualidade”, afirmou a direção estadual.

Conselho Geral é realizado pela manhã

Foi realizado no Conselho Geral um balanço das atividades realizadas na última semana, incluindo a vigília  ao trâmite do PL 1.451/2020, encaminhado pelo governador Zema e que atualiza os vencimentos apenas da Segurança Pública. Também pautou-se a participação em audiência pública e a pressão feita para a aprovação da Emenda 2/2020.

“A luta feita na Casa Legislativa e nas subsedes foi fundamental para a vitória coletiva de todo funcionalismo. A aprovação da Emenda é mais uma motivação para seguirmos com a greve, sempre  atentos e atentas ao projeto de aumento da contribuição previdenciária e o Regime de Recuperação Fiscal, que prevê a privatização de empresas públicas e  impede o reajuste salarial. Essas propostas entrarão na pauta da Assembleia Legislativa logo após o carnaval”, destacou a coordenação-geral do Sind-UTE/MG.

Seplag desmarca reunião de negociação com a categoria

No dia 11/2/2020, quando foi deflagrada a greve por tempo indeterminado, a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) havia marcado uma reunião com a direção estadual do Sind-UTE/MG, neste dia 20/2/2020, mas desmarcou pela manhã.

O governo Zema, descumprindo um acordo feito com toda a categoria, remarcou a reunião só para o mês seguinte, no dia 5/3/2020, às 8h30.

Segundo a direção estadual, essa postura demonstra a falta de diálogo do governador Zema, quando desconsidera que a categoria está há 10 dias em greve, não estabelece uma negociação efetiva.

Fonte: Sind-UTE/MG

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