Editorial: as contradições e a luta para a PLR e Negociação Coletiva



Editorial: as contradições e a luta para a PLR e Negociação Coletiva

Na semana passada tivemos mais uma reunião sobre a PLR 2019. Inicialmente, representantes da empresa até tentaram dar outro nome para o encontro, chamando-o de “apresentação de indicadores e metas” da proposta. Mas, para o Sindieletro, foi oportunidade, sim, de debater e cobrar a pauta dos eletricitários (as) para a Participação nos Lucros e Resultados. De cavar a negociação que a gestão da empresa tenta inviabilizar.

Reivindicamos, mais uma vez, o cálculo do montante a partir do LAJIDA; o avanço na linearidade na distribuição; a transparência na construção e acompanhamento de metas e indicadores; e a antecipação de uma parcela da PLR 2019 para novembro ou dezembro deste ano.

Após a reunião, dois documentos foram publicados pela gestão da Cemig: o primeiro, um esclarecimento sobre os pleitos recebidos pela empresa que apresentava apenas negativas às propostas dos trabalhadores, além da “possibilidade” de inclusão de uma cláusula relativa ao aumento do limite do montante da PLR, atrelando-o a resultados.

O segundo documento foi o Linha Viva nº 843, de 8 de novembro. E é nele que se revela, com clareza, a tática da empresa para tentar aprovar a PLR 2019 no afogadilho: dividir e pressionar a categoria.

Lembra que a Cemig classificou a reunião do dia 06/11 como de “apresentação de índices”? Pois é, apesar disso, no Linha Viva o tom foi outro. Por lá, a empresa afirmou que “prosseguem as negociações da PLR 2019”, mas sequer considerou a proposta dos trabalhadores.

No boletim, a ênfase do discurso está no fato de que “vários” sindicatos já aprovaram a proposição  de PLR, numa clara tentativa de criar um clima de divisão, insegurança e apreensão entre os eletricitários. E vale ressaltar: alguns sindicatos que já haviam, inclusive, aceitado a proposição da Cemig, voltaram para a mesa de negociação. Pode isso, Arnaldo?

Para o Sindieletro, se é para ter urgência, que seja para negociar de verdade! Ao contrário do que sugere a gestão da empresa, temos novembro inteiro para debater, construir e aprovar, junto com a categoria, uma proposta justa de PLR. Que fique claro: só não haverá negociação se a Cemig não quiser!

 Negociação Coletiva

Sobre a Negociação 2018/2019, seguimos pressionando e cobrando de diversos interlocutores uma resposta para a Pauta dos trabalhadores(as). Onde está o diretor Thiago de Azevedo, que afirmou categoricamente que a diretoria da empresa havia “garantido a verba” para recompor a remuneração dos eletricitários que ficaram sem PLR em 2017? Aliás, onde está a diretoria da empresa? E o governo do Estado?

Depois do resultado do primeiro turno das eleições, impera o silêncio no 18º andar da Sede. E entre as contradições que marcaram a gestão Pimentel, sobretudo na Cemig, talvez as mais simbólicas sejam a fragilidade política, a falta de referência e a inabilidade para o diálogo dessa gestão com a classe trabalhadora.

Que não esperem silêncio do lado de cá. Vamos cobrar e lutar, independente de qual governo ou gestão, pela negociação e pelo atendimento às reivindicações legítimas da categoria eletricitária.

 

 

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