É o governador de Goiás quem diz:“Já chega! Esgotou a negociação do Estado com a Enel”



É o governador de Goiás quem diz:“Já chega! Esgotou a negociação do Estado com a Enel”

O governador Ronaldo Caiado (DEM) sinalizou que irá tomar medidas mais enérgicas contra a Enel Goiás. Por meio de suas redes sociais, ele informou que levará a situação ao presidente Jair Bolsonaro. “Já chega! Esgotou toda e qualquer tipo de negociação do Estado com a Enel! Levei a situação ao presidente Jair Bolsonaro e podem ter certeza que vamos enfrentar esse problema de frente! Nós estamos aqui é para defender o Estado de Goiás!”, escreveu Caiado.

De acordo com o governador, todos estão sofrendo com o problema. “É o produtor rural, o cidadão urbano, empresas pequenas, de médio e grande porte. Todo mundo está sofrendo duramente”, lembrou o governador. “A falta de energia é generalizada. Todo mundo está jogando mercadoria fora”, completou

A concessionária italiana tem sido alvo constante de reclamações por parte dos goianos e chegou a assinar um termo de compromisso e acompanhamento reiterando o compromisso de aumentar da oferta de energia elétrica aos consumidores, do número de conexões rurais e da compensação reativa no Estado de Goiás. “Eles assinaram um documento conosco, com a presença do ministro [de Minas e Energia, Bento Albuquerque], e do presidente da Câmara, [Rodrigo Maia]. O processo agravou ainda mais do que era”, protestou.

CPI da Enel

A Enel também é alvo de uma CPI na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. Os trabalhos da comissão incluem audiências públicas em diversas cidades do interior e prevê, ainda este ano, oitivas com o diretor de Relações Institucionais da Enel Brasil, José Nunes, com o presidente da Aneel, André Pepittone, e com o presidente da Enel Brasil, Nicola Cotugno.

De acordo membros da CPI, o objetivo é fazer com que o serviço prestado aos goianos melhore e, caso “Não vamos parar até garantir um serviço de qualidade em todos os lares e indústrias de Goiás.so não seja alcançado, a cassação da concessão não é descartada”, disse o relator da CPI da Enel, Cairo Salim.

Para o deputado Alysson Lima, a “Enel é um câncer que tem que ser extirpado de Goiás. Chegamos ao ponto que não dá mais para conversar”. O presidente da CPI da Enel, Henrique Arantes, disse que a empresa cobra taxas abusivas e prejudica os produtores rurais. Já Humberto Aidar comparou a atuação da Enel em Goiás como um matrimônio malsucedido. “É um casamento que já se tentou de tudo, mas não dá certo”, observou.

O que diz a Enel

A empresa, por sua vez, afirma que, em 2017, assumiu a distribuidora do Estado, após décadas de subinvestimento. “Desde então, investiu 3,5 vezes mais do que a média anual do período em que a empresa era estatal. Somente em 2017 e 2018, a companhia recebeu investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão. A companhia apresentou no fim de agosto, ao governo estadual, Aneel e Ministério de Minas e Energia uma proposta para acelerar ainda mais os investimentos em Goiás”, afirma a Enel Goiás.

Fonte: Jornal Opção

Observação: Vale lembrar que, antes de ser privatizada, o então governo Michel Temer sucateou a Celg no nível de provocar apagões e insatisfação geral na população de Goiás. O discurso da época, do próprio governo e de vários políticos do Estado apoiadores da privatização, era que a má qualidade dos serviços acabaria com a privatização, que novos investimentos seriam feitos. Ficou pior do que nos tempos da Celg estatal precarizada por Temer. É o mesmo discurso do governador Zema em relação à Cemig, dizendo que a empresa é ineficiente. Mas em Minas, ao contrário de Goiás, a Cemig sempre foi lucrativa e eficiente.

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