É hora de avançar e de conquistar



 É hora de avançar e de conquistar

Chegou a campanha para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho, o nosso ACT 2015/2016 e, com ela, os desafios de avançarmos. Antes mesmo de receber a pauta dos trabalhadores, a Cemig já usava o discurso de crise e incertezas no setor elétrico e a necessidade de fazer caixa para obter a concessão das usinas nos leilões que serão realizados em novembro. Mas lembramos que a Cemig obteve lucros de R$ 2 bilhões no primeiro semestre deste ano e figura na lista das maiores distribuidoras do mundo.

O jornal Valor Econômico publicou, no dia 8 de setembro, estudo da Consultoria Roland Berger Brasil, mostrando que a Cemig consta no seleto grupo de 20% das empresas de energia que tiveram retorno sobre o capital investido e crescimento da receita duas vezes superior à média mundial, de 2011 e 2014.

Para o economista da subseção do Dieese no Sindieletro, Carlos Machado, a classe trabalhadora deve se opor ao discurso de recessão e desemprego. Para ele, os salários praticados no Brasil ainda são muito baixos e a maioria das empresas já se adequou ao momento de crise. Para o economista, o aumento real foi o pilar da melhoria da distribuição de renda nos últimos anos e pode abreviar a recessão ao impulsionar o consumo.

Por todos esses motivos e por acreditar que a crise é momentânea, a direção do Sindieletro alerta que, mais do que nunca, a organização e mobilização dos eletricitários vão determinar o tamanho das nossas conquistas.

A pauta dos trabalhadores exige conquistas salariais imediatas em função das perdas e da produtividade medida nos últimos anos, mas traz também o debate sobre condições de trabalho, que depende mais de vontade política do que de caixa. Cobramos o fim da terceirização das atividades-fim, mudanças na gestão da empresa, a manutenção das concessões das usinas com a Cemig GT e muitos outros pontos que vão além de uma conjuntura financeira.

Cobramos, sobretudo, o renascimento da Cemig com justiça, oportunidades e com uma gestão transparente, que respeite os eletricitários e a sociedade. Aos trabalhadores que construíram coletivamente a pauta, cabe mais uma vez o lugar de protagonistas nesta campanha. Todos devem ficar atentos às notícias e agendas da campanha e, principalmente, à postura da Cemig no processo de negociação. A indignação não pode nos desanimar, pelo contrário, é preciso que cada eletricitário assuma a responsabilidade pelo nosso futuro.

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