Durante pandemia, Cemig expõe trabalhadores



Durante pandemia, Cemig expõe trabalhadores

A Cemig informou, em comunicado, que trabalhadores contratados não poderão mais utilizar o transporte fretado da RMBH. Apenas os trabalhadores do quadro próprio da Cemig terão acesso aos ônibus, utilizando uma tag eletrônica para o embarque e desembarque. 

Não houve explicação sobre a motivação das mudanças. A medida, que chega em meio à alta de casos recorde em Minas Gerais, afeta principalmente os trabalhadores que atendem o Anel Rodoviário e a Cidade Industrial.  

Sindieletro se indigna com a decisão da Cemig, que não leva em conta a fortíssima segunda onda da pandemia de coronavírus no Brasil. O boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) nesta sexta-feira (15), aponta 9.120 novos infectados apenas nas últimas 24h, o maior número desde o início da pandemia. Em Belo Horizonte, a ocupação de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) exclusivos para covid-19 está em 86,3%. Os leitos de enfermaria têm 71% das vagas ocupadas.  

A pandemia avança a passos largos no país; assistimos, perplexos e consternados, ao caos instalado em Manaus, onde pacientes padecem por asfixia. Neste contexto, é inaceitável que o governo Zema seja insensível ao ponto de proibir trabalhadores contratados de utilizarem um transporte seguro para trabalhar.  

Sem a opção do ônibus fretado, muitos terão que utilizar o transporte público, aumentando o risco de infecção pelo coronavírus. Principalmente durante os horários de pico, os ônibus ficam lotados e a chance de contaminação é grande. Além do risco para a própria vida e de seus familiares, os trabalhadores expostos poderão ser propagadores da doença nos setores da empresa.  

 

Para piorar, demissões 

Além desta medida desumana, outra barbárie durante a pandemia: os trabalhadores da Conservadora Campos, responsável pela limpeza e manutenção de unidades da Cemig, estão sendo demitidos neste momento crítico. Vários funcionários serão jogados ao desemprego num momento de crise histórica. Enquanto isso, trabalhadores que estão ficando se sentem adoecidos e sobrecarregados com o volume de serviço. 

Repudiamos veementemente as medidas e reivindicamos que a diretoria da Cemig reverta a situação imediatamente. Não há tempo para esperarmos – precisamos proteger os trabalhadores agora! O Sindieletro está em contato com a gestão da Cemig, buscando uma solução para este grave problema. Aguarde os próximos comunicados.  Lutamos, mais do que nunca, por vida, trabalho e dignidade! 

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