Do estranhamento às descobertas, livro propõe reflexão sobre o ‘saber envelhecer’



Do estranhamento às descobertas, livro propõe reflexão sobre o ‘saber envelhecer’

Em seu novo livro, Velhas Amigas, Sonia Hirsch dedica o trabalho às companheiras de vida e mostra como elas são como espelhos umas para as outras. Na publicação, a jornalista e escritora visita 18 amigas e faz a todas a mesma pergunta: “O que você já sabe sobre envelhecer?“.

Por meio de diálogos com mulheres de personalidades diversas e idades que vão dos 58 aos 92 anos, Velhas Amigas tem a proposta de ser um “livro-espelho”. Com isso, apresenta experiências e reflexões da própria autora e das entrevistadas.

Resposta nas amizades

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, Sonia diz que sempre teve certo estranhamento com a ideia de envelhecer. Assim, Velhas Amigas surge a partir da necessidade de reflexão sobre o tema. Foi um desafio expor os sentimentos, mas ela encontrou as respostas nas antigas amizades. “O livro é um espelho. Estava num período em que viajava muito e queria escrever um sobre como as pessoas poderiam envelhecer melhor. Então, pensei em fazer entrevistas e buscar um olhar humanista, sobre o autoconhecimento”, explicou à repórter Marilu Cabañas.

A obra vai além de uma imersão sobre mulheres, o envelhecer e a amizade. Aos 73 anos, ela percebe que não tem vontade de parar. E entendeu que envelhecer não é colocar um ponto final na vida. Uma nova fase, sim, com problemas, mas assumindo também as coisas boas, desde o amor à saúde.

Aprendizado

“Eu fiz questão de fazer uma entrevista minuciosa para entender esse conjunto do corpo, para entender como é a organização muscular e evitar a dor. Ninguém gosta de envelhecer, mas ainda podemos aprender a tornar essa fase boa”, afirma Sonia.

A ideia da obra é mostrar que, mesmo com a idade, a fonte não seca. Para nada. O objetivo é mostrar as coisas boas a partir do amadurecimento. De acordo com a autora, as entrevistadas relatam que é sempre possível começar coisas novas para a vida. Um dos relatos que ela destaca é sobre o tema do sexo e o autodescobrimento, a partir de uma nova relação.

“O que mais me impactou foi o relato da Soraia Bitencourt. Ela disse que não teve nada na menopausa, atribuindo a um caso que teve com uma mulher dos 48 aos 52 anos. Foi de uma grande sinceridade e mostrou que nessa relação descobriu o orgasmo após 48 anos de vida. Isso fez muita diferença na vida dela. Outra entrevista disse que teve uma relação incrível após os 72 anos. A libido transforma a gente”, afirma Sonia Hirsch.

Fonte: Rede Brasil Atual

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