Dilma: 'É preciso ouvir a voz das ruas'



Dilma: 'É preciso ouvir a voz das ruas'

Presidenta afirma que manifestantes lutam por mais cidadania e lançam um desafio às instituições tradicionais

A presidenta Dilma Rousseff disse em Brasília, durante cerimônia de lançamento do Marco Regulatório da Mineração, que as instituições tradicionais precisam “ouvir a voz das ruas” e da “nova democracia” que se manifestou com “força e civismo” na noite de ontem (17) em várias capitais do País, com destaque para São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília., reunindo, segundo organizadores dos movimentos, cerca de 270 mil pessoas.

“A grandeza das manifestações comprova o surgimento de uma nova democracia, a força e a voz da rua e o civismo da nossa população”, afirmou. "O Brasil acordou mais forte", avaliou a presidenta.

Segundo Dilma, as manifestações lançaram um desafio às instituições tradicionais de interlocução da política e da sociedade.

“Essas vozes precisam ser ouvidas, ultrapassam os mecanismos tradicionais das instituições, dos partidos, dos políticos, da mídia. Os que foram deram mensagem direta ao conjunto da sociedade. Mensagem por melhores escolas, hospitais, direito à participação, mostram a exigência de transporte de qualidade e preço justo; uma mensagem pelo direito de influir nas decisões de todos os governos; mensagem de repúdio à corrupção e ao uso indevido do dinheiro público; mensagem que comprova valor da democracia e da participação dos cidadãos em busca dos direitos”, disse.

Após lembrar que pertenceu a uma geração que sabe o quanto custou a conquista desses direitos, a presidenta afirmou que seu governo está “empenhado e comprometido pela transformação social”. Segundo ela, os avanços dos últimos anos nas áreas social e econômica contribuíram para trazer à tona essas novas vozes.

“Meu governo compreende a exigência e entende que (as exigências) mudam quando nós mudamos o Brasil. Porque nós demos acesso ao emprego, à educação, (são) cidadãos que querem mais e têm direito a mais. Todos estamos diante (de reivindicações por) mais cidadania, saúde, transporte, educação de qualidade. Meu governo quer mais e vamos conseguir mais para país e povo”, concluiu.

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