Em BH, teremos ato na Praça da Liberdade a partir das 16h, e passeata a partir das 17h; o Sindieletro participou da construção coletiva da programação
Oficialmente, o Dia Internacional da Mulher existe há 46 anos. O 8 de março foi instituído pela ONU em 1977, mas as lutas das mulheres por seus direitos e contra a opressão, violência, desigualdades de gênero, racismo e preconceito surgiram muito antes. Independente da institucionalização da data, as mulheres já se organizavam e, por isso, foram atacadas e até assassinadas. O 8 de março faz referência ao dia do incêndio criminoso numa fábrica de roupas em Nova York (1911), onde mulheres foram presas nas oficinas para produzirem em condições insalubres. Contabilizaram 123 mulheres mortas.
Vale lembrar também que uma mobilização feminina contribuiu marcantemente para a revolução russa de 1917, e foi o movimento de mulheres, no Brasil e em vários outros países, que garantiu o direito ao voto feminino em eleições livres e democráticas.
Os anos se passaram, as mulheres conquistaram direitos, sim, é fato, porém, ainda há muito para lutar. O 8 de março é o momento delas promoverem mais visibilidade e se unirem nas ruas para destacar suas lutas e denunciar a situação persistente de violência e discriminações.
Neste 8 de março de 2023, as mobilizações, mais uma vez, são construídas coletivamente com os movimentos de mulheres, movimentos populares, centrais sindicais e sindicatos.
Sindieletro, presente!
Em Minas, a organização do Dia Internacional da Mulher conta com a participação do Sindieletro, através da sua Secretaria da Mulher Trabalhadora, da CUT Minas e outros sindicatos, da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), do MAB, da Marcha das Margaridas, do Levante da Juventude e do MST, entre outras entidades. As atividades foram centralizadas em Belo Horizonte, mas independente disso, haverá também mobilizações no interior (Veja a programação, no final desta matéria).
A pauta das mulheres este ano é a luta contra as várias formas de violência sofrida por elas. São violências físicas na forma de feminicídio, violência psicológica com assédios moral e sexual, violência de racismo, e violência no mercado de trabalho, que impõe desigualdades salariais e de oportunidades, entre outras violências.
Para se ter uma ideia, pesquisa da Datafolha apontou que 50.692 mulheres brasileiras sofreram violência todos os dias de 2022. Incluídos, ataques com armas de fogo, facas, espancamento, tentativas de estrangulamento, humilhação e xingamentos. O crescimento das mortes de mulheres vem se verificando desde 2019, período que coincide com o início da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
No Brasil, após Bolsonaro, as políticas públicas para as mulheres terão que ser totalmente reconstruídas. Os sindicatos e centrais, os movimentos populares e movimentos feministas já atuam em parceria com o Ministério da Mulher, do governo Lula, para o lançamento de políticas para as mulheres, entre elas, o reconhecimento e a prática da Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que estabelece normas para acabar com a violência e o assédio (moral e sexual) no mundo do trabalho.
Vamos para a luta!
O Sindieletro, através da sua Secretaria da Mulher Trabalhadora, convida a categoria, ativa e aposentada, em especial as eletricitárias, para participar das atividades do 8 de Março, seja em Belo Horizonte, seja no interior.
A secretária da Mulher Trabalhadora do Sindieletro, Elza de Fátima Rodrigues de Oliveira, destaca a importância da participação das eletricitárias e eletricitários: “É fundamental lutar pela igualdade de direitos entre mulheres e homens e essa luta se dá sobretudo nas ruas, nas concentrações, nas passeatas, nas análises de conjuntura, nas atividades culturais, nos encontros da diversidade. Vamos ter tudo isso na nossa programação do Dia Internacional da Mulher. Será um conjunto de atividades com dias e horários que podem se encaixar na agenda da categoria eletricitária”.
Elza também avalia que há facetas da mulher na luta que devem ser consideradas. Para ela, a mulher é luz que transparece sua essência em seus atos, pessoais, políticos, de gênero. “Meu recado para as mulheres é, basicamente, este: incentivar sempre a sua participação nas lutas. Você, mulher de luta, consegue ser guerreira e ao mesmo tempo sensível, sempre pronta a suprir necessidades. Em casa ou no trabalho, cuida e reivindica com determinação. Mulher! Você enfrenta batalhas diárias, na luta por seus objetivos e na busca por equilíbrio. Você, mulher, é um ser de luz. Neste dia 08 de março, quero parabenizar cada mulher, e chamar para estarmos juntas nas ruas, nas mobilizações, na busca por um outro mundo possível”, ressalta.
PROGRAMAÇÃO!
O 8 de março vai ser marcado por atividades durante todo este mês. Em Belo Horizonte, o Dia Internacional da Mulher nas ruas começou na terça, dia 7. No Vale do Aço já começou no início do mês e vai até o próximo dia 24. E, no Norte de Minas, as mulheres realizam hoje o ato LUTO PÚBLICO PELA VIDA DAS MULHERES
Confira, em BH:
DIA 08, QUARTA-FEIRA
7h30 – Chegada na comunidade Aglomerado da Serra e café da manhã;
09h – bloco MST e plantio de arvores;
16h -na Praça da Liberdade, concentração e, depois, caminhada pelas ruas da capital
PROGRAMAÇÃO NO NORTE (APOIO TOTAL DA REGIONAL NORTE DO SINDIELETRO)
17h - Na Praça Doutor Carlos Versiani, ato do Dia Internacional da Mulher: LUTO PÚBLICO PELA VIDA DAS MULHERES. Basta de violência contra todas as mulheres! Pela vida das mulheres! Pelo direito de permanecermos vivas!
PROGRAMAÇÃO DO VALE DO AÇO (APOIO TOTAL DA REGIONAL VALE DO AÇO DO SINDIELETRO)
8/03
12h – atividade na Câmara Municipal de Ipatinga;
16h30 – intervenção artística na praça Primeiro de Maio, no Centro de Ipatinga;
19h30 – celebração pela vida das mulheres na igreja católica do Vila Militar, em Ipatinga.
9/03
18h - Audiência pública das mulheres, na Câmara de Ipatinga;
19h - programa Fala aí Vale do Aço, na rádio Jhony City, com Natália Fonseca (no Youtube).
10/03
19h - Roda de Mulheres, sede do PT, em Timóteo.
13/03
18h30 – Roda de conversa com o Coletivo Roda das Pretas: Lei de Cotas – Avanços e Desafios, no Metasita (Sindicato dos Metalúrgicos), em Timóteo.
16/03
19h – Representatividade na política, com Duda das Cadeiras, na rádio Jhony City, com Natália Fonseca (no Youtube).
23/03
19h – Acolhimento de mulheres em comunidades terapêuticas, com Kamilly Faqueres e Jaqueline Miranda, rádio Jhony City, com Natália Fonseca (no Youtube).
24/03
19h – Tenda da Mulher: Bordando a Democracia, entre riscos e linhas, muita conversa, mimos e poesia, na praça da Estação, em Coronel Fabriciano.
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