Desmotivação: valorização da carreira não funciona para maioria dos eletricitários



Desmotivação: valorização da carreira não funciona para maioria dos eletricitários

Não é novidade para ninguém que as carreiras não andam na Cemig e só a minoria dos trabalhadores é contemplada com a mudança de nível salarial. Ou seja, a maioria dos eletricitários fica de fora, com as carreiras congeladas, insatisfeita e desmotivada.

Para os eletricitários que entraram na Cemig depois de 2006, a situação de injustiça é ainda mais absurda. Grande parte deles está estacionada no nível 1 da tabela salarial. Muitos trabalhadores que foram admitidos por meio de concurso público estão sem o anuênio e Maria Rosa.

Eletricitários confirmam insatisfação

Para vários eletricitários, o sentimento é de grande frustração, insatisfação e indignação. Um técnico que entrou na empresa em 2000 revelou que conseguiu sair do nível I para o nível II há mais de 10 anos. Desde então, estacionou na carreira, com salário até menor que de um técnico nível I. “Isso porque fui promovido sem aumento de salário. O sentimento que fica é de insatisfação e desmotivação. Acho que faltam boa vontade e seriedade da diretoria da Cemig para criar e consolidar um mecanismo que garanta, de fato, a valorização da nossa carreira, considerando a competência, a maturidade e os anos de experiência. O PCR não funciona, é realmente para inglês ver”, criticou.

Um eletricista que entrou na Cemig na turma de 2006, lamentou a total falta de esperança vivida por muitos trabalhadores. “Entendo que a luta por um PCR que funcione tem que ser fortalecida. Não dá para, individualmente, cobrar da gerência a mudança de nível, pois a questão é de política de pessoal, não se resolve no setor de trabalho, mas em toda a empresa. A luta só será vitoriosa se todos nós nos juntarmos. Se não formos para a mobilização, tudo ficará como sempre esteve”.

Falta transparência do RH

Segundo o coordenador geral do Sindieletro, Jairo Nogueira Filho, é muita confusão e desigualdade na remuneração dos trabalhadores. Por exemplo, a diferença do salário base dos técnicos nível 1 entre os admitidos em 2013, 2006 e demais trabalhadores chega a R$ 500. “Por que isso acontece? Ninguém sabe. Falta informação do RH”, criticou. Ele diz que o Sindieletro cobrou, por diversas vezes, transparência, equiparação salarial dos técnicos e o devido enquadramento dos técnicos que já fazem atividades do nível 2. Também cobrou justiça na valorização dos demais trabalhadores.

O Sindieletro irá entrar em contato com RH cobrando esclarecimentos sobre a diferença entre as remunerações dos técnicos.

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