Desmonte na Cemig: na ALMG, Sindieletro denuncia os ataques da gestão Zema



Desmonte na Cemig: na ALMG, Sindieletro denuncia os ataques da gestão Zema

Na tarde de quinta-feira, 10, o Sindieletro compôs a mesa de debate da Audiência Pública da Comissão do Trabalho, da Previdência e da Assistência Social da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), com a pauta: tentativa de desmonte da Cemig e os ataques aos trabalhadores da estatal. 

O novo coordenador-geral do Sindieletro, Emerson Andrada, junto a outros sindicalistas e parlamentares (entre eles, o deputado Betão (PT), que propôs a realização da reunião), denunciou o cenário de perseguição e ataques aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras sob a gestão Romeu Zema na empresa. Emerson Andrada revelou que os ataques são sucessivos e constantes. Ele lembrou que a proposta de Romeu Zema, desde que era candidato, era de privatizar a Cemig. Quando assumiu o governo, iniciou uma campanha agressiva de difamação contra a empresa.  

Andrada lembrou da recente participação de Zema em programa da rádio Jovem Pan: “A Cemig tem quase 70 anos e o governador contou a sua história em um minuto para dizer que a empresa é ineficiente, desconsiderando os trabalhadores que construíram a estatal. Ele não se preocupa, inclusive, com a valorização da Cemig. Pelo contrário, faz um discurso para desvalorizar, falando mal dos trabalhadores, difamando a força de trabalho, falando mal da estrutura corporativa. Ora, a Cemig tem vários prêmios de eficiência e de reconhecimento de seu papel social. Mas o governador prefere difamar a empresa publicamente, e sabemos que é para ter o apoio da população ao seu projeto de privatização”. 

 

Ataque ao plano de saúde 

O novo coordenador do Sindieletro também revelou o ataque da gestão Zema ao plano de saúde dos eletricitários e eletricitárias da Cemig, ativos e aposentados.  “Tentam excluir os aposentados do plano de saúde neste momento de crise sanitária. Alijar os aposentados do plano atingiria cerca de 20 mil famílias, o que representa, em média, 60 mil pessoas”, informou. 

O corte do transporte coletivo fretado para os trabalhadores também foi denunciado por Emerson Andrada. Segundo ele, ao impor o fim dos ônibus fretados, a Cemig obrigou centenas de trabalhadores a utilizarem o transporte coletivo regular e, desta forma, ficarem mais expostos ao risco de contaminação por coronavírus. Andrada sugeriu que o valor gasto com alimentação para a diretoria, cerca de R$300 por dia, fosse revertido para garantir o custo do transporte dos trabalhadores. 

Com um cenário de tantos ataques aos trabalhadores, o Sindieletro se viu obrigado, mantendo os cuidados necessários, a voltar para as portarias. A pauta dos debates: o ataque ao plano de saúde. Porém, os gestores da empresa, em ação antissindical, encaminharam ao Sindicato duas correspondências, ameaçando cessar o debate e proibir a presença dos dirigentes sindicais nas portarias da empresa. “Além do ataque aos trabalhadores, a empresa quer impedir os sindicatos de irem às portarias discutir as ameaças da Cemig contra os direitos dos trabalhadores”, criticou.  

Andrada relembrou que, quando assumiu o governo, Romeu Zema anunciou que iria combater privilégios. Infelizmente, hoje constatamos que o que o governador considera privilégio são os direitos dos funcionários, como o transporte fretado, o plano de saúde dos eletricitários e os direitos trabalhistas.  

“Nós pensamos que o governador iria combater os privilégios de apadrinhamento nas estatais e no governo, com o fim da contratação de pessoas sem concurso público. Pensamos que iria acabar com a boa vida dos diretores. Mas logo a frustração foi geral: a Cemig está com muita gente de São Paulo, contratada sem concurso público, ocupando espaço de trabalhadores de carreira  e concursados”, denunciou. 

 

CPI, já! 

Jairo Nogueira defendeu a instalação da CPI da Cemig, para apurar o desmonte da gestão Zema na empresa. O pedido de CPI é da deputada Beatriz Cerqueira (PT), com base em denúncias dos trabalhadores e do Sindieletro.  “Não entendemos por que alguns deputados não assinaram o pedido. Tem que investigar o que está errado na Cemig. Se não tiver nada de errado, a CPI vai comprovar”, afirmou. 

Se você não assistiu à reunião, que foi virtual e transmitida pelo Youtube, acesse o vídeo da reprise:  https://bit.ly/3pITkro

Quer saber mais sobre o desmonte orquestrado por Zema na Cemig? Confira a #Eletrolive 14, que tratou do tema: O desmonte geral na Cemig visando a privatização | #Eletrolive 14 

 

 

 

 

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