Desmonte da Cemig: cortes de despesas e investimentos



Desmonte da Cemig: cortes de despesas e investimentos

A Cemig determinou a redução de 10% nos valores de todos os contratos firmados com as empreiteiras. A decisão atingiu em cheio a parte mais vulnerável e que mais precisa: o trabalhador mais simples. Algumas medidas parecem insanas, inócuas, equivocadas, mas, em todos os casos, quem sai sempre prejudicado é o trabalhador, seja ele do quadro próprio ou terceirizado.

Um exemplo gritante é a Terceiriza, que atuava em várias unidades da Cemig e tinha 251 trabalhadores. Em seu lugar, assumiu a Serta, que reduziu para 180 o quadro de empregados para executar as mesmas tarefas. Posteriormente, para pressionar os empregados por mais produtividade, a Serta demitiu mais três trabalhadores.

Em Pedro Leopoldo

Os eletricitários denunciam que na base de Pedro Leopoldo (foto) a situação de cortes é crítica. Falta até papel higiênico, um absurdo para uma empresa do tamanho da Cemig. Não há segurança e nem medidores. A Subestação Pedro Leopoldo é o retrato fiel de que a falta de investimento e o corte de verbas estão provocando na empresa. No local, o mato tomou conta de tudo, virou uma selva.

E nas agências...

No cartão de visitas da Cemig para o consumidor, a situação não é diferente, sobram arrocho, cortes de pessoal e cobranças por produtividade. O resultado é enormes filas, desrespeito ao consumidor e trabalhadores perto de um ataque de nervos.

Esta é a rotina diária dos trabalhadores da Publikimagem, empresa hoje responsável pelo atendimento ao consumidor. Conforme já denunciado pelo Sindieletro, a empresa está demitindo trabalhadores antigos, com 10 e 15 anos de casa, e recontratando com salários menores. Mas o que não diminui é a pressão por produtividade.

E no São Gabriel

A queda de parte de um muro nessa unidade quase provocou um grave acidente com alunos de uma escola. Conforme denúncia de eletricitários do São Gabriel, o muro construído há mais de 10 anos não tinha escoamento de água e outras partes correm o risco de cair.

O assunto foi discutido em reunião de Cipa, mas nada foi feito. Sobre o pedaço do muro que caiu, até hoje não foi consertado. Até o entulho do muroa empresa, alegando falta de verba, queria jogar para dentro da unidade; nem mesmo um tapume foi colocado no lugar.

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