Por requerimento da deputada e presidenta da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia, Beatriz Cerqueira, a Assembleia Legislativa realizou (14/04), reunião extraordinária para ouvir a reitora da UFMG, Sandra Goulart, sobre os estudos relacionados à produção de vacina contra o novo coronavírus. Após a reunião com a reitora, a presidência da Assembleia Legislativa assumiu o compromisso de alocar recursos do acordo da Vale com o governo do Estado relacionado ao rompimento da barragem da mineradora, em Brumadinho, para viabilizar a vacina mineira.
Minas Gerais tem 7 vacinas contra a COVID-19 em desenvolvimento e a UFMG necessita de recursos para avançar as fases 1 e 2 da pesquisa, mas, no momento, que enfrenta cortes nos recursos por parte do governo federal.
Na reunião, a reitora da UFMG ressaltou a importância do apoio do mandato da deputada Beatriz Cerqueira e dos deputados para viabilizar a produção das vacinas, através de Emenda Parlamentar de R$ 1 milhão destinada à UFMG e da intermediação do debate sobre a urgência de recursos suplementares. “As vacinas da UFMG (100% nacionais e com custo menor que as internacionais) são a forma mais eficaz de responder esse contexto de escassez de imunizantes, em que será preciso vacinar a população brasileira todos os anos”, explicou a reitora.
Além da emenda parlamentar ao Orçamento do Estado, a deputada Beatriz Cerqueira defende outros aportes e é autora de requerimento para que o governador invista R$ 30 milhões junto ao CTVacinas. “As pessoas estão morrendo de uma doença que tem vacina. O debate que a reitora faz é da vida e da soberania. Estamos fazendo a discussão da vacina como direito (e não mercadoria) e pelo fortalecimento do serviço público e do SUS”, destacou.
Beatriz Cerqueira também é autora do requerimento que cobra a inclusão dos trabalhadores da Cemig e da Copasa, do quadro próprio e terceirizados, aos grupos prioritários para a vacinação.
Considerando a importância da produção de vacina nacional ser uma política pública, a parlamentar ressaltou que, desde o início da pandemia, a Assembleia Legislativa tem uma parceria estratégica com a UFMG e, agora, assume o apoio à UFMG como uma ação institucional. “Aguardo, atenta e esperançosa que o governo Zema faça algo parecido, garantindo o aporte para a UFMG e o mínimo constitucional para a pesquisa. Já são mais de 30 mil mineiros e mineiras que morreram. Não é possível bater palmas para a ciência e sucatear a FAPEMIG e a Funed,” destacou a deputada.