Eletricitários do Quarteirão 14, na Cidade Industrial, participaram na segunda-feira (13) de um ato na portaria da empresa em apoio ao diretor do Sindieletro, Evander Elias de Oliveira, que é alvo de práticas antissindicais e assédio moral.
Há 25 anos, Evander exerce a função de eletricista de manutenção. Mas há três anos foi afastado de suas funções e em seu lugar foram colocados dois trabalhadores de empreiteira. A Cemig, talvez temendo que os contratados reivindicassem na Justiça a isonomia salarial e em total desrespeito ao sindicalista, o escalou para fazer serviços de separação de sucata em outro local. Porém, há quase dois anos ele foi novamente retirado da função e em seu lugar assumiu outro trabalhador terceirizado.
Para piorar a situação, Evander está todo esse tempo completamente sem atividade no Quarteirão 14, numa forma gritante e desumana de assédio moral e perseguição ao trabalhador e dirigente sindical. O isolamento já provoca prejuízos à saúde física e mental do eletricitário que está fazendo tratamento psicológico e psiquiátrico e faz uso contínuo de medicamentos para controlar a hipertensão arterial e a diabetes.
Vigilância sobre os terceirizados
Há denúncias de que os terceirizados da Serta, no Q14, também estão sendo vítimas de assédio moral. O gerente determinou que os trabalhadores anotem numa planilha o que farão no intervalo do almoço.
Talvez o gerente não saiba e vale explicar: no horário de almoço o trabalhador é livre para fazer o que quiser, inclusive sair da empresa para resolver problemas particulares.
Diante da falta de diálogo, os trabalhadores do Quarteirão 14 já estão de sobreaviso para mobilização. Exigimos o fim do assedio moral e das práticas antissindicais. Se os problemas não forem resolvidos pela gerência, vamos convocar os trabalhadores para uma paralisação.