Demitidos em massa, trabalhadores da Medral estão sem salários e já sofrem com a falta de alimentos



Demitidos em massa, trabalhadores da Medral estão sem salários e já sofrem com a falta de alimentos

Na apresentação do seu site, a Medral se coloca como uma gigante, atuando em vários estados e prestando serviços para as empresas mais importantes do setor elétrico brasileiro. Mas quando o assunto é relação de trabalho, a empresa é irresponsável e cruel.

Desde dezembro, os trabalhadores da Medral em Belo Horizonte que atuavam em serviços nas linhas de transmissão da Cemig estão com os salários atrasados. Para piorar, a empresa demitiu em massa e não pagou as verbas da rescisão.
De acordo com denúncias que o Sindieletro tem recebido, nem o FGTS foi depositado corretamente durante o último ano. A situação é comovente e gera muita indignação: trabalhadores que vieram de outros estados não possuem condições de voltar para casa e temem serem despejados do alojamento, já que a Medral também não pagou o aluguel do imóvel. "É muito sofrimento para eu ficar aqui nessa situação, longe de casa e sabendo que meus filhos estão passando necessidade na minha casa. A única renda que temos é o meu salário, que está atrasado", afirma um trabalhador.

 

Exploração e maus-tratos ao trabalhador é rotina na empresa
Em 11/11/22, o Sindieletro recebeu um ofício do Ministério Público do Trabalho contendo informações acerca da dispensa de um grupo de trabalhadores da Medral na cidade de Uberlândia/MG, sem o pagamento das verbas rescisórias. Atualmente, os trabalhadores de BH estão passando por situação parecida, e o Sindieletro está intervindo junto à Cemig para a retenção dos créditos da Medral para quitação direta dos valores devidos aos trabalhadores.

A Medral afirma aos trabalhadores que não está cumprindo suas obrigações porque há dinheiro retido na Cemig. O Sindieletro espera que a Cemig, que é responsável por essas contratações, só libere o dinheiro para a quitação das verbas rescisórias e salários dos trabalhadores. Os trabalhadores estão unidos e dispostos a resistir à desmobilização do canteiro de obra. Mesmo porque, se isso acontecer, eles não teriam lugar para ficar, já que estão sem dinheiro para voltar para casa.

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