A nossa Campanha para a renovação do ACT será feita numa conjuntura nacional desafiadora. Os eletricitários precisam fazer a defesa radical e corajosa do emprego, dos direitos e a proteção da Cemig como empresa pública. Precisamos defender, sobretudo, a estatal da precarização e da privatização que pode ocorrer como consequência da queda na qualidade dos serviços prestados pela empresa.
As regras atuais de concessão são claras. Se a Cemig tiver duas avaliações sucessivas abaixo da meta de qualidade definida pelaAneel, perde a concessão da Distribuição. Relatórios da Agência reguladora mostram que, de janeiro a julho deste ano, a Cemig não cumpriu a meta em nenhum mês levando tempo para restabelecer o fornecimento de energia superior ao estabelecido. De janeiro até julho, a meta da Agência para restabelecer o serviço era de 6,1 horas e a média da empresa para a religação foi de 6,6 horas.
Na avaliação dos próprios eletricistas do plantão, o DEC da Cemig está cada vez pior, principalmente, por causa da terceirização. A empresa não promove mais a manutenção preventiva. Só faz intervenções corretivas, e os reparos na rede são feitos sempre às pressas por empreiteiras, sem treinamento.
Cobrar da Cemig a recomposição do quadro próprio e investimentos na rede é, portanto, lutar por uma empresa com empregos e serviços de qualidade para atender a população e evitar que concessão da Distribuição vá direto para o setor privado.