Da visibilidade à ação: panorama da comunidade LGBTQIA+ na Cemig



Da visibilidade à ação: panorama da comunidade LGBTQIA+ na Cemig

A Cemig tem avançado em iniciativas para promover a diversidade, mas os dados apontam que ainda há muito a ser feito para garantir que pessoas LGBTQIA+ se sintam plenamente incluídas no ambiente corporativo.

Apesar dos avanços em indicadores como a segurança para pedir ajuda e a liberdade para “ser quem eu sou”, os dados revelam desigualdade clara nas percepções de inclusão. 

A baixa representatividade em cargos de liderança, o receio de se expor e a fragilidade dos canais de denúncia aparecem como pontos críticos. Segundo a análise, um dos principais entraves ao avanço da inclusão é a ausência de líderes preparados e genuinamente engajados na causa.

“Ainda vejo uma barreira cultural na empresa para o crescimento de colegas LGBT”, relatou um respondente do formulário aberto sobre diversidade, aplicado pelo Sindieletro.

A empresa ainda registra carência de segurança psicológica e possível medo de represálias ou discriminação velada.

“Diversidade é fazer um convite para a festa. Inclusão é ser convidado para dançar. Precisamos estabelecer metas para pessoas LGBTQIAPN+ em cargos de liderança”, afirmou outro participante.

Do diagnóstico à ação: o que é possível fazer?

Com base nos resultados, o Sindieletro lançou um formulário para mapear sugestões de eletricitários sobre como a Cemig pode se tornar mais diversa. Entre os caminhos apontados estão:

  • “É fundamental promover treinamentos para as lideranças, sensibilizando-as sobre a importância da pauta.”
  • “Letrar as lideranças é o primeiro passo. O apoio delas é imprescindível para gerar um clima seguro. Muitos líderes ainda mantêm posturas preconceituosas.”
  • “É preciso que casos de homofobia, quando denunciados, tenham consequências reais. Isso demonstra que o crime não é aceito na empresa.”

Para o Sindieletro, garantir um ambiente de trabalho digno, respeitoso e inclusivo é uma pauta inegociável. A valorização profissional deve se basear exclusivamente nas competências de cada indivíduo, e não na orientação sexual ou identidade de gênero.

Em tempos de retrocesso político e ataques à dignidade de pessoas LGBTQIA+, esse debate torna-se ainda mais urgente. Construir um ambiente de trabalho plural, acolhedor e justo depende do comprometimento coletivo, da base à alta liderança.

 

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