CUT realiza conferência sobre saúde e atos em defesa da vida

Nesta segunda-feira, 28 de abril, celebra-se o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças de Trabalho. Para este ano, a CUT escolheu o tema “O assédio moral no trabalho e a violência organizacional adoecem e podem matar”.

A Cut Minas, o Fórum Sindical e Popular e as demais centrais realizam, na Escola Sindical, um seminário sobre a Norma Regulamentadora (NR12), que trata da segurança no trabalho em máquinas e equipamentos.

No dia 29, uma audiência pública, às 14 horas, na Assembleia Legislativa, vai discutir as consequências danosas para os trabalhadores de Minas Gerais, decorrentes das péssimas condições de trabalho dos servidores do Ministério do Trabalho e Emprego.

A Central está fazendo pressão no Congresso Nacional para a aprovação do Projeto de Lei (PL 7.202/10), que propõe alterações na Lei Previdenciária e tipifica a ofensa moral como acidente de trabalho.

As centrais sindicais vão desenvolver diversas ações em todo o Brasil para lembrar a data e denunciar os milhares de acidentes cobrar do governo e das empresas mecanismos que protejam a vida dos trabalhadores.

História da data

O Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças de Trabalho é uma data de luta e reflexão. A iniciativa partiu de sindicatos canadenses em virtude de um acidente numa mina no estado de Virgínia, Estados Unidos, que matou 78 trabalhadores em 1969.

No Brasil, a data foi reconhecida pelo governo no ano de 2003. Em 2005 foi promulgada a lei 11.121 que instituiu o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Desde então, as centrais sindicais realizam ações conjuntas sempre com um tema específico.

Conferência de Saúde

A I Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador da CUT, realizada na semana passada, ocorre em um ano com importantes agendas: Plenária da Central, Copa do Mundo e eleições. Agrega-se a esta lista mais dois eventos de grande relevância para a militância CUTista: o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças de Trabalho e a 4ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador.

Presentes na Conferência da CUT, na quinta-feira (24), o secretário nacional de Administração e Finanças da Central, Quintino Severo, e o diretor executivo, Rogério Pantoja, destacaram a importância do evento que além de estimular a reflexão, vai apontar em suas resoluções a política a ser implementada pela Central nos espaços de atuação. “O resultado dessa Conferência vai ajudar a nossa militância a enfrentar a conjuntura atual, com um mundo de trabalho modificado pelas novas tecnologias”, salientou Quintino.

Um dos desafios citado pelo dirigente é o de aprofundar a democratização das relações de trabalho. O conservadorismo patronal impede, hoje, a organização sindical nas empresas. Mecanismos adotados pelos sistemas de gestão em saúde e segurança na maioria das empresas, como a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho), são insuficientes para enfrentar os problemas. “São instrumentos não dão conta de prevenir e proteger o trabalhador. Precisamos transformá-los para que dirigentes tenham liberdade e autonomia para fazer a ação sindical”, assinalou.