A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) se solidariza com o Sind-UTE/MG, educadoras e educadores do ensino público do Estado que sem outra alternativa, já que em nenhum momento houve diálogo com o governo de Romeu Zema, deflagraram greve por tempo indeterminado pela valorização da categoria e da educação pelo pagamento do Piso Nacional Profissional Salarial, uma reivindicação de muitos anos, estabelecida por lei e que o governador não cumpre.
A CUT/MG e toda a sua base no Estado repudiam a judicialização de uma greve justa e legítima pelo governado e pelo Tribunal de Justiça (TJMG), que atendendo aos interesses de Romeu Zema decretou a suspensão do movimento, sem ao menos uma audiência de mediação, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 100 mil. A decisão é absurda, antidemocrática e é mais uma arbitrariedade contra trabalhadoras e trabalhadores que lutam por seus direitos, pela educação pública gratuita e de qualidade, pela valorização de servidores e serviços públicos, que são essenciais para a população mineira.
A Central vem denunciando que a judicialização e criminalização do movimento sindical têm sido uma prática de governos neoliberais, que tentam sempre retirar direitos, precarizar as relações de trabalho, impor uma política de Estado mínimo, com o sucateamento de empresas e da prestação do serviço público, não cumprimento do percentual do orçamento, estabelecido pela Constituição, em investimentos em áreas como educação e saúde. E têm como projeto a privatização destes setores e das empresas públicas.
A greve, mais do que nunca, diante dos ataques e da opressão que trabalhadoras e trabalhadores sofrem dos governos estadual e federal, um instrumento fundamental de luta para que direitos e conquistas da classe trabalhadora sejam respeitados num estado democrático de direito. Servidoras e servidores da educação podem contar sempre com o apoio da CUT/MG e de toda a sua base.
Fonte: CUT Minas