A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) lamenta a morte de Tilden José Santiago e se solidariza com familiares e amigos do jornalista e assessor especial da presidência da Cemig; ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais (SJPMG); ex-deputado federal e ex-embaixador do Brasil em Cuba, durante o primeiro mandato do presidente Lula (2003-2006). Tilden foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT) e da CUT. Também gostava muito de música e tocava saxofone.
Tilden morreu, aos 81 anos, na quarta-feira, 2 de fevereiro. Ele é mais uma vítima da pandemia de Covid-19. Como a morte ocorreu em função de complicações da Covid-19, não houve velório. Tilden Santiago deixou três filhos, Vladimir, Alessandra e Stella e três netos, Isaac, Lavínia e Sarah.
Natural de Nova Era, formado em filosofia e jornalismo, Tilden ingressou na Ação Libertadora Nacional (ALN) depois do golpe militar de 1964. Ele foi padre, mas abandonou a batina na década de 1970 para se dedicar à militância política. Estudou teologia em Roma e se ordenou em 1967, juntando-se ao movimento de padres operários e politizados. Por sua atuação política, foi preso duas vezes durante a ditadura militar.
Como jornalista, foi um dos fundadores, nos anos de 1970, do “Jornal dos Bairros”, marco da imprensa alternativa em Minas. Foi também jornalista do “Diário do Comércio” e do jornal “Opinião”
Trabalhou no governo Itamar Franco como secretário do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. Foi deputado federal por três mandatos consecutivos, de 1991 a 2003. Mesmo depois de sair da Câmara Federal, algumas propostas de Tilden Santiago feitas quando ele ainda exercia mandato continuaram em pauta, como a inclusão da guarda compartilhada dos filhos de pais divorciados no Código Civil Brasileiro.
Fonte: CUT Minas