A Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG) manifesta seu total apoio ao posicionamento do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE/MG) contra o retorno presencial das aulas na rede estadual de ensino a partir do dia 5 de outubro, anunciado pelo governo de Romeu Zema.
A medida, que reitera a política genocida do governador, contraria os números do último boletim epidemiológico. Minas Gerais já passa de mais de 270 mil contaminados e, o último boletim epidemiológico do próprio governo do Estado, mostra que se compararmos os dados desta quinta-feira (24 de setembro), com os de terça-feira (22 de setembro), o número de mortes passou de 6.764, para 6.983. Ou seja, aumentou de 37 para 219 óbitos em 48 horas.
O governo de Romeu Zema, ao anunciar o retorno às aulas presenciais, em momento algum se referiu aos profissionais de educação, aos cuidados com a vida de quem está nas escolas, locais que propiciam as aglomerações e, consequentemente, ao risco de contaminação, o que aumentará as mortes em Minas Gerais.
A CUT/MG vem, reiteradamente, repudiando as sucessivas decisões e medidas dos governos federal, estadual e municipal no que se refere ao suposto combate à disseminação da pandemia. Atitudes que, na verdade, contribuem ainda mais para a proliferação da Covid-19 em todo país. O que resultou em mais de 135 mil mortes e afeta, de maneira direta, os menos favorecidos, aos profissionais diretamente ligados ao atendimento de contaminados, que vêm, sucessivamente, se somando às vítimas. E tem contribuído, por oportunismo covarde de uma necropolítica ultraneoliberal, representada pelos governos de Jair Bolsonaro e Romeu Zema, com propostas de reformas administrativa e tributária e privatizações. Assim como a ampliação da retirada de direitos e conquistas da classe trabalhadora, ataques a servidores e serviços públicos, ao patrimônio do povo e à soberania nacional.
Sind-UTE/MG é contra o retorno das atividades presenciais na rede estadual
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), por meio da coordenadora-geral, professora Denise Romano, se posiciona contra o retorno presencial das aulas na rede estadual de educação a partir do dia 5 de outubro, como anunciado pelo governado do Estado durante entrevista coletiva realizada na tarde da quarta-feira (23 de setembro).
O próprio governo divulgou o último boletim epidemiológico, o qual mostra que Minas Gerais já passa dos mais de 270 mil contaminados e 6.897 mortes pela Covid-19. O boletim, se comparado com o do dia anterior (22/9/2020), revela que as mortes mais que triplicaram nas últimas 24h, aumentando de 37 para 133 óbitos.
Durante a entrevista coletiva, o governo não fez nenhuma referência aos profissionais da educação, sobretudo em relação aos cuidados com a vida de quem está na sala de aula. Diante desse cenário, o Sindicato destaca que a escola é um lugar que propicia a aglomeração e, dessa forma, aumentará as contaminações e as mortes no estado.
O Sindicato também ressalta que a falta de planejamento e apresentação de protocolos concretos para o retorno ainda gera angústia em toda categoria e nas comunidades escolares, que recebem a notícia de retorno das aulas em pleno aumento da contaminação e das mortes.
O Sind-UTE/MG ainda reforça que a decisão liminar concedida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) no dia 15/4/2020, a qual proíbe a convocação de profissionais da educação, com exceção dos gestores e diretores de escola, está em vigor.
Dessa forma, a direção estadual do Sind-UTE/MG informa que tomará todas as medidas cabíveis para que a decisão, responsável por proteger a vida dos trabalhadores e das trabalhadoras em educação, consequentemente, dos estudantes e das comunidades escolares, seja cumprida.
Assista o vídeo com Denise Romando: CLIQUE AQUI