Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), União Nacional dos Estudantes (UNE), União Estadual dos Estudantes (UEE), União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) e União Colegial de Minas Gerais (UCMG) vão se unir na Jornada Nacional de Lutas, mobilização da juventude com uma série de atividades até o ato das centrais sindicais, dia 9 de abril em São Paulo e no restante do país.
Articulação e parceria foram definidos em reunião, na terça-feira (11), na sede da Central, em Belo Horizonte, entre a presidenta da CUT/MG, Beatriz Cerqueira, o presidente da UEE, Paulo Sérgio de Oliveira, e o vice-presidente em Minas Gerais da Ubes, Francisco Faria.
A Jornada de Lutas da juventude começa com a greve nacional da educação, nos dias 17, 18 e 19 março. “O período de mobilização culminará com o ato nacional das centrais. Antes, participaremos da greve nacional da educação e realizaremos um grande ato no dia 28 de março, em Belo Horizonte. Nele, dialogaremos com a população sobre o investimento dos royalties da mineração na educação e o investimento do Estado em educação. Outro tema será o projeto Reinventando o Ensino Médio, que, para nós, não contempla os estudantes do Estado. O governo quer acabar com o ensino médio noturno, ampliando ainda mais a evasão escolar. Os jovens não terão mais acesso à escola. Para nós, é necessário ter um novo modelo de educação e um novo modelo de desenvolvimento que pense na distribuição de recursos para sanar a desigualdade social”, disse o presidente da UEE, Paulo Sérgio de Oliveira.
Segundo Francisco Faria, vice-presidente da Ubes no Estado, o debate sobre o investimento dos royalties do minério também é fundamental para a educação em Minas Gerais. “O minério, nossa maior riqueza, deve contribuir para o Estado inteiro. Hoje, Minas Gerais arrecada 2% e existe uma discussão sobre o marco regulatório que prevê 4%. O Estado precisa usar todo esse recurso, que pode chegar a R$ 700 milhões, na educação básica e na UEMG.”