As enchentes no Rio Grande do Sul que começaram em abril e continuam, sem previsão de volta à normalidade, é mais um alerta da mudança climática que já atinge todo o planeta. Os impactos com severas consequências negativas para todas as formas de vida não têm tido respostas necessárias e urgentes dos governantes dos países de todo o mundo.
O último boletim emitido nesta sexta-feira (24), pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul revela que já são 163 os mortos e 65 o número de desparecidos. Segundo estimativa do Ibre/FGV, os municípios gaúchos afetados respondem por 92% da indústria, 91% da economia de serviços, 88% da administração pública e 79% da agropecuária.
Por isso que a maior preocupação é como os trabalhadores e as trabalhadoras irão viver dignamente, sem perder renda, diante da transição energética que precisará abandonar o uso de combustíveis fósseis para a energia limpa, impactando em diversas profissões. Isso fez com que a CUT e o movimento sindical brasileiro e internacional passagem a debater a transição justa, que é a principal bandeira na discussão sobre a crise climática e seu enfrentamento.
Diante desta situação, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), em unicidade com as centrais sindicais: União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical , Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), emitiram um documento em que fazem uma análise da crise ambiental e propõem formas de manter o emprego e a renda dos trabalhadores e das trabalhadoras do Rio Grande do Sul.
A ação das centrais visa mobilizar todas as entidades sindicais locais e em todo o território para iniciativas solidárias imediatas e para atuação de longa duração, tratando estruturalmente dos impactos das mudanças climáticas e da emergência ambiental sobre o mundo do trabalho, os empregos, a renda e os direitos.
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Veja as propostas para enfrentar a crise no Rio Grande do Sul
Imediatas:
Estruturais:
Propostas Nacionais (o enfrentamento desta crise e a criação de políticas permanentes):
Propostas para as políticas de trabalho, emprego e renda:
- vinculado às iniciativas empresariais e setoriais para a recuperação das empresas e organizações,
- reestabelecer metodologia de negociação coletiva,
- monitoramento e avaliação para a implementação setorial e nas empresas,
- desenhar e implementar as propostas de funcionamento e de financiamento.
- Comunitário – desenhar o programa nacional, com aplicação no território, envolvendo todos os entes federativos, as entidades sindicais, o setor produtivo, com regras adequadas ao tipo de ocupação, criando os mecanismos de financiamento e de gestão, controle e avaliação vinculado a projetos de:
- Construção e reconstrução de cidades, bairros, estabelecimentos e infraestrutura econômica e social.-
- Cuidados com pessoas, meio ambiente e saúde pública.
- Expandir, a partir da estrutura do Bolsa Família, programas específicos ou complementares de sustentação da renda para quem não for beneficiado pelo Programa da Proteção dos Empregos e enquanto a ocupação não responder a esta demanda de renda – Auxílio Calamidade Climática.
- Organizar a estrutura e funcionamento do sistema de intermediação de mão de obra para o contexto dos programas acima.
- Investir no aprimoramento do FAT e do FGTS para tratar dos desafios decorrentes dos impactos da mudança climática e emergência ambiental.
Brasília, 14 de maio de 2024.
Central Única dos Trabalhadores
Força Sindical
União Geral dos Trabalhadores
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
Nova Central Sindical de Trabalhadores
Central dos Sindicatos Brasileiros
Intersindical Central da Classe Trabalhadora
Publica Central do Servidor
Fonte: CUT Brasil