CUT alerta para prejuízos da reforma da Previdência



CUT alerta para prejuízos da reforma da Previdência

Em pleno horário do almoço, a presidenta da Central Única dos Trabalhadores de Minas Gerais (CUT/MG), Beatriz Cerqueira, e o presidente da CTB Minas, Marcelino Rocha, dialogaram com a população nesta terça-feira (31) sobre a proposta de reforma da Previdência do governo ilegítimo de Michel Temer e esclareceram sobre os prejuízos que o projeto, se for aprovado, vai causar a trabalhadoras e trabalhadores do campo e da cidade.

O Aulão sobre a Previdência aconteceu na portaria do posto do INSS, na rua Tupinambás, no Centro da capital mineira, e faz parte da agenda da Frente Brasil Popular contra o golpe, em defesa da democracia e dos direitos sociais e trabalhistas.

Em todo país, a Frente e sindicatos chamam atenção para o golpe que a reforma da Previdência vai resultar: aumentar o tempo de trabalho para mulheres se aposentarem, acabar com todas as aposentadorias especiais e igualar o tempo para aposentadoria de homens e mulheres. Na prática, todos terão de trabalhar mais para conseguir aposentar. Quem começa ou começou cedo a trabalhar, por exemplo, vai perder o direito a aposentar por tempo de serviço, que Temer quer acabar com sua reforma da Previdência.

“Estamos aqui para fazer um alerta e, também, uma denúncia. A primeira ação deste governo ilegítimo foi a Medida 776, que acabou com o Ministério da Previdência e o instalou no Ministério da Fazenda. O objetivo é privatizar a Previdência. Entregá-la para o mercado, para os banqueiros. Querem entregar um bem público para a iniciativa privada, que visa lucro. Tentam mostrar que problema é a Previdência, mas ela é rentável.

O problema está nas grandes fortunas, que não são taxadas. Os grandes é que devem contribuir para o crescimento da economia de nosso país. Nós, trabalhadores, já contribuímos. Querem que o trabalhador trabalhe mais, como se começasse a trabalhar tarde. Ninguém começa a trabalhar na hora que quer e, sim, por necessidade”, analisou Beatriz Cerqueira.

A presidenta da CUT/MG mostrou que as consequências da proposta de reforma da Previdência. “O que pretendem é aumentar o tempo de trabalho e de contribuição. Querem atacar a aposentadoria especial de professoras e professores e dos trabalhadores rurais. O projeto estipula a idade mínima de 65 anos, para homens e para mulheres.

Quem começar a trabalhar mais cedo, vai contribuir por muito mais tempo. As professoras, por exemplo, que aposentam com 50 anos, terão que trabalhar 15 anos a mais. Os professores, mais 10 anos. A proposta é desvincular aposentadorias, abonos e todos os benefícios do salário mínimo. Com isso, em pouco tempo, teremos aposentadorias com valores inferiores ao mínimo. Alertamos: as reformas não trarão crescimento econômico. Elas significarão retirada de direitos nossos, de pessoas comuns.”

“Em 20 dias deste governo ilegítimo, o que vemos é um verdadeiro assalto ao povo brasileiro. CTB e CUT são as únicas centrais sindicais, que compõem a Frente Brasil Popular, que alertam para o arrocho salarial e as perdas para aposentados, beneficiários e pensionistas vão sofrer.
O resultado será a desvalorização da aposentadoria”, alertou o presidente da CTB Minas, Marcelino Rocha. “O que a reforma de Temer quer é privatizar a Previdência forçando os aposentados e trabalhadores a pagar por plano privado de aposentadoria, dando mais lucro para os bancos. Setores do exterior e do país querem administrar a Previdência e a população vai pagar um preço muito alto por isso”, afirmou Marcelino Rocha.

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