Cronologia da campanha para renovar o ACT 2015-16

4 meses entre a entrega da pauta e a assinatura do acordo, 15 dias de vigília e 52 dias de greve – luta da qual os eletricitários se orgulharão para sempre!

Setembro de 2015 – Nas setoriais e assembleias do Sindieletro, os neletricitários constroem a pauta de reivindicações para ACT, Acordo da PLR e Primarização.

5 de outubro de 2015 - Sindieletro entrega a pauta à Cemig iniciando a campanha

29 de outubro de 2015 - Quase um mês após receber pauta, empresa apresenta a péssima proposta de PLR: 4% do lucro, 100% proporcional, sem antecipação e validade quatro anos. (foto mesa negociação)

04 de novembro de 2015 – Após acidente fatal com eletricista José Pedro, os dirigentes sindicais Celso Primo, Jefferson Silva, Fábio Ferreira e Lúcio Parrela ocupam sala de reuniões sindicais na sede iniciando a vigília pela negociação.

11 de novembro de 2015 - Categoria realiza a primeira ‘Quarta-feira Vermelha’ em todo do estado em defesa da pauta.

Vigília na sala de negociação da Cemig completa uma semana.

No mesmo dia, eletricitários ocuparam o hall da Cemig em defesa do seguro de vida dos ativos e aposentados, ato promovido pelo Sindieletro e AEA.

18 de novembro de 2015 - Eletricitários realizam a 2ª Quarta-feira Vermelha. Nessa data termina a vigília, que durou 15 dias, e diretores saem para ajudar a mobilizar a greve da categoria.

Sindieletro ingressa com ação 0011290-36-2015.503.0112 que tramita na 33ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte pedindo a manutenção das condições do seguro de vida dos eletricitários, sem quaisquer alterações.

20 de novembro de 2015 - Após mobilizações, Cemig apresenta proposta de ACT com reajuste de 10,30% (0,03% abaixo do INPC); adiamento da verba do PCR para acumular em 2016; redução do capital seguro de vida em até 80% para aposentados; e ainda condiciona proposta à quitação da ação vitoriosa do Sindieletro sobre verba do PCR de 2007. Tem também o corte do vale peru.

23 a 24 de novembro de 2015 – Assembleias rejeitam a proposta da empresa e aprovam a realização de greve por tempo indeterminado.

25 de novembro de 2015 - Categoria inicia a greve por tempo indeterminado em todo o Estado. No mesmo dia é realizada a primeira audiência de conciliação entre Sindieletro e Cemig sobre ACT e PLR no Tribunal Regional do Trabalho. Não há acordo.

Após meses de impasse e mobilização, a Cemig GT vence leilões e mantém a concessão de 18 usinas, evitando a privatização das hidrelétricas.

29 de novembro de 2016 – Greve empolga outras entidades sindicais. Engenheiros, Advogados e Sindicato de Juiz de Fora aprovam a greve.

2 de dezembro de 2015 – Quarta-feira vermelha – Ato na Assembleia Legislativa conta com o apoio dos deputados Marília Campos, Rogério Correia e Dr. Jean.

9 de dezembro de 2015 – Quarta-feira vermelha – Grande ato com participação de caravanas do interior e passeata garantem uma Audiência Pública na Comissão de Direitos Humanos da ALMG.

10 de dezembro de 2015 – A greve continua empolgando. Sindsul adere ao movimento.

11 de dezembro de 2015 - Cemig propõe PLR com validade de dois anos, no mesmo montante (4% lucro, mas com a garantia de R$100 milhões em 2015), assegura 50% de linearidade e mínimo de 1,2 remunerações.

A proposta de ACT apresenta alguns avanços, o reajuste pelo INPC (10,33%); pagamento da verba do PCR 2015 com de 1% de aumento linear; vale peru; garante primarização da linha-viva, subterrânea, técnicos projeto, inspeção redes e consumidores; e prevê elaboração de novos acordos de PCR, Saúde e Segurança até 2017. Mas insiste na quitação do PCR 2007 e na redução de até 80% seguro de vida. Para piorar, a empresa propõe PDV com aceitação sindical de perdas de direitos.

15 de dezembro de 2015 – Após mobilização, a Cemig apresenta nova proposta de ACT (a PLR é a mesma). Propõe 1% de aumento em julho para quitação da ação do Sindieletro sobre a PLR 2007; inclui o Vale Peru no ACT; garante que não haverá dispensas arbitrárias de trabalhadores e retira proposta de perdas no PDV. Antecipa a elaboração de PCR para 2016 e acrescenta questões de relações de trabalho para debater em 2016 (Sá Carvalho, Rosal, Vale-cultura, horário flexível e auxílio para pós-graduação).

16 de dezembro de 2015 - Nas assembleias unificadas, 95% dos trabalhadores rejeitaram a proposta da Cemig para ACT 2015/2016 e para PLR.

18 de dezembro de 2015 – O Sindicato de Santos Dumont aceita a proposta da empresa.

22 de dezembro de 2015 – Nem a proximidade do Natal desmobilizou os eletricitários que fizeram manifestação em frente o Palácio das Artes, onde o governador Fernando Pimentel participava de solenidade. Pimentel assumiu o compromisso de se reunir com a direção do Sindieletro nos dias seguintes.

28 de dezembro 2015 – Mesmo com a maioria da categoria em greve e com a forte pressão sobre a Cemig e o Governo do Estado, Sindsul, Administradores e Secretárias aceitam a proposta da empresa.

29 de dezembro de 2015 – Frustrando expectativas, no 35º dia de greve, eletricitários não foram recebidos pelo governador, mas pelo secretário de Governo, Odair Cunha e por representantes da Cemig. Categoria fez grande ato com passeata na região central de BH, mostrando a força da greve.

30 de dezembro de 2015 - Cemig apresenta nova proposta antecipando o pagamento de R$ 4 mil de PLR em janeiro; aumenta para 1,2% a verba PCR 2015 e garante a correção pelo INPC (10,33%); e aceita a contratação 400 trabalhadores do concurso 1/2012 no 1º semestre/2016, mas com condicionantes técnicas e financeiras. Insiste na redução do seguro de vida. A Cemig propõe abonar 1/3, compensar 1/3 e descontar 1/3 dos dias de greve.

Cemig dá menos de 24 horas para categoria aprovar a proposta apresentada na virada do ano.

4 de janeiro de 2016 – Aos 42 dias de greve, o Sindieletro denuncia práticas antissindicais, que foram agravadas pela divulgação por parte da empresa, de supostas comissões de trabalhadores aprovando a proposta de PLR.

13 de janeiro de 2016 – A mobilização da categoria não dá trégua e a Cemig altera proposta. Retira a redução de até 80% no capital do seguro de vida e troca por comissão para negociar alterações até março. Propõe abonar 40% dos dias de greve, compensar com horas extras 40% e descontar os 20% restantes.

15 de janeiro de 2016 – Assembleias conjuntas rejeitam a proposta e suspendem a greve.

19 de janeiro de 2016 - Cemig apresenta alteração na proposta a pedido do Senge, reafirmando condições no PCR e garantindo que as compensações e descontos da greve são relativos aos dias úteis. Novamente a empresa dá um prazo de poucas horas para a aceitação da proposta.

20 de janeiro de 2016 – Em assembleias separadas, engenheiros e técnicos de segurança aceitam a proposta da empresa.

26 de janeiro de 2016 - A intermediação do deputado Rogério Correia possibilita alteração na proposta anterior: Admissão de 400 trabalhadores do concurso 01/2012, sem condicionantes, em 2016; Nova escala para desconto dos dias parados (úteis): 40% abonados, 40% compensados, 20% descontados –1 , e sem reflexos em Férias, PLR, 13º.

27 a 29 de janeiro de 2016 - Após intenso debate, eletricitários aprovam o fechamento do ACT.

Primeiro de Fevereiro de 2016 –Sindieletro assina ACT – 2015/16 e PLR 2015 e 2016.