Várias ações estão sendo tomadas para barrar o leilão das usinas da Cemig. Para o Sindieletro, o leilão significa privatização e não vamos assistir tudo de camarote.
Nesta segunda-feira, dia 24, houve reunião na Assembleia Legislativa de Minas para debater o leilão das usinas, com foco na defesa do patrimônio dos mineiros. Foi lançada a Frente Mineira em Defesa da Cemig, com participação do Sindieletro, Movimento de Atingidos por Barragem (MAB), do Estado, da Assembleia Legislativa, dos empresários e da Cemig. Essa Frente vai desenvolver várias ações para impedir o leilão, entre elas, a realização de atos em Brasília e em São Simão, para denunciar e impedir a privatização das hidrelétricas.
Durante o debate, o dietor do Sindieletro e secretário geral da CUT Minas, Jairo Nogueira Filho, destacou que o Sindicato vai levar a campanha de defesa das usinas para as ruas, e pediu apoio dos demais participantes, para também sensibilizar a sociedade sobre a importância de manter o patrimônio dos mineiros. O resultado foi a criação da Frente Mineira em Defesa da Cemig.
Outras ações em defesa das usinas: está sendo organizado um seminário para debater e encaminhar propostas contra a venda das quatro hidrelétricas da Cemig: Miranda, Jaguara, São Simão e Volta Grande. As quatro representam cerca de 50% da geração de energia da empresa.
Além disso, uma ação popular está sendo preparada para impedir o leilão. O processo será encaminhado para o Supremo Tribunal Federal (STF), porque é lá que ocorre a discussão jurídica sobre a legalidade ou não legalidade do leilão, e se a estatal mineira deve manter o patrimônio que o governo ilegítimo de Temer quer privatizar.