CPI da Cemig oficializa pedido para suspender venda da Taesa



CPI da Cemig oficializa pedido para suspender venda da Taesa

Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura atos da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) pediram, ao governador Romeu Zema (Novo), que a venda de ativos da subsidiária Taesa não seja concretizada até o fim do processo de investigação conduzido pela Assembleia Legislativa. A solicitação é estendida à estatal energética e à Comissão de Valores Mobiliários, autarquia vinculada ao Ministério da Economia, responsável por normatizar operações ocorridas no mercado financeiro.

O pedido de suspensão da ideia de negociar a Taesa, empresa do ramo de transmissão energética, foi aprovado, na segunda-feira (12/7), pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) do Parlamento estadual. O colegiado é o responsável por emitir pareceres sobre temas como esse e, por isso, foi acionado pela CPI da Cemig.

O pedido para paralisar possíveis etapas necessárias à venda de ativos da empresa foi apresentado pelo relator da comissão de inquérito da Cemig, Sávio Souza Cruz (MDB). O requerimento é subscrito por Professor Cleiton (PSB) e Beatriz Cerqueira (PT), subrelatores da investigação.

A venda de empresas ligadas à Cemig está no centro das investigações. A estatal se desfez das participações que detinha nas energéticas Light e Renova; em maio, anunciou leilão para negociar a fatia que lhe cabe na Taesa, controlada em parceria com a colombiana ISA. Reynaldo Passanezi, que preside a energética mineira, já trabalhou para a ISA.

Os deputados miram, ainda, supostos contratos sem licitação firmados pela empresa. Na semana passada, a CPI pediu informações sobre os tratos. Os papéis dizem respeito a serviços prestados por empresas como escritórios de advocacia e headhunters - que captam, no mercado, profissionais para exercer cargos estratégicos.

A contratação de diretores oriundos de São Paulo e a transferência de atividades administrativas para o território paulista também compõem o escopo da investigação. O call center que atende clientes com problemas no serviço, por exemplo, foi levado para Hortolândia.

Fonte: Estado de Minas, por Guilherme Peixoto

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