Covid-19: nossas orientações e ações

Em um momento de tantas incertezas, do aumento de casos de COVID-19 no país, no Estado e em toda a categoria eletricitária, o medo e a ansiedade passaram a ser companheiros diários nas rotinas de cada trabalhador e trabalhadora. Muitas foram as mudanças na rotina de trabalho desde o início da pandemia.

A implementação de novas escalas de trabalho; a redução de equipes e a colocação compulsória de trabalhadores em regime de home office, por uma necessidade e emergência de saúde pública, as medidas de higienização intensificadas, a redução das equipes, tudo isso impacta na saúde física e mental de cada trabalhador e trabalhadora.

O Sindieletro, ao longo das duas últimas semanas, realizou setoriais com toda a categoria, em sua base de atuação, para compreender as condições de trabalho reais e quais foram os impactos da pandemia na rotina de trabalho de cada trabalhador e cada trabalhadora.

Além disso, buscamos compreender como estavam sendo implementadas as medidas de prevenção e proteção contra a disseminação da COVID-19 adotadas pela Cemig. Nessas oportunidades de diálogo com a categoria, recebemos muitas denúncias de situações preocupantes. Todos os relatos foram repassados e cobrados diretamente ao gerente da DPR/ST, João José Magalhães Soares, em reunião virtual realizada no dia 06 de julho.  Além da reunião, os relatos e denúncias foram oficializados, por meio de ofício do Sindieletro, direcionado ao gerente, João José e ao Serviço Médico da Cemig.

Nessa reunião, o gerente reafirmou o compromisso do Serviço Médico da empresa em estar acompanhando os trabalhadores que tiveram contato com casos confirmados de COVID-19 na família e orientados a relatarem em questionário.

O Sindieletro reforça a importância de a categoria fazer o preenchimento correto e diário do questionário da Cemig, como forma de possibilitar o afastamento de trabalhadores que possam estar contaminados, assintomáticos ou não.

No entanto, alertamos sobre a necessidade do acompanhamento contemplar trabalhadores que tem contato com casos suspeitos no ambiente familiar e, principalmente, no ambiente de trabalho. Reiteramos a importância de se manter o afastamento imediato desses trabalhadores e trabalhadoras, bem como problematizamos o não uso de testagem em toda a categoria.

O Sindieletro ressalta que a testagem deve ser feita de forma responsável e prudente, pois os testes tem limitações importantes que, se não observadas, podem trazer riscos ainda maiores, tanto para a categoria quanto para toda a população.

O Sindieletro problematizou o fato do questionário da empresa ser incompleto, de não abranger contatos no próprio ambiente de trabalho. Nessa oportunidade, João José afirmou que a Cemig já está em vias de implementar um aplicativo que faça “melhor controle desses contatos.”

O Sindicato solicitou ainda, laudos que comprovassem a eficácia das máscaras fornecidas à categoria, especialmente aquelas resistentes ao fogo. Foi afirmado, por parte da empresa, que esses equipamentos foram devidamente testados. Pedimos, portanto a comprovação da informação.

Além disso, reivindicamos que a empresa, com base em cláusula do Acordo Coletivo de Trabalho vigente, forneça boletim epidemiológico atualizado semanalmente, com os casos de COVID-19 na categoria, para o Sindicato e para todos os trabalhadores, de maneira a tornar as informações transparentes e possibilitar intervenções devidas por parte dos trabalhadores e do sindicato. Além disso, reivindicamos o fornecimento de insumos, como álcool em gel 70% para todas as bases e veículos da empresa. Especialmente nesse momento de intensificação da contaminação em todo o Estado, a falta de qualquer meio de proteção é inadmissível.

O Sindieletro reforça seu compromisso de monitorar e acompanhar as demandas de toda a categoria, especialmente em um momento grave, complexo e difícil como o atual. Portanto, nos colocamos à disposição para que as questões sejam levantadas pela categoria e sejam devidamente cobradas da gestão da empresa.

Nesse momento é necessário o engajamento de cada trabalhador e de cada trabalhadora no cumprimento das medidas de proteção e na vigilância das condições de trabalho, de maneira a assegurar que a disseminação da COVID-19 seja mitigada em todos os ambientes.