Em meio ao processo de desmonte para privatizar os Correios, a direção da empresa decidiu congelar os salários e benefícios dos trabalhadores e das trabalhadoras, oferecendo reajuste zero, sem sequer a recuperação da inflação do último ano de 7,75%. A empresa quer manter as clausulas coletivas, julgadas no ano passado, e bancos de horas.
Para tentar convencer a categoria que os Correios estão deficitários, e que não poderia atender a reivindicação dos sindicatos de reposição inflacionária mais aumento real de 5%, a direção fez manobras contábeis em uma apresentação estapafúrdia sobre a saúde financeira da ECT, quando na verdade vem auferindo lucros bilionários, chegando a R$ 1,5 bilhão em 2020.
"A proposta do congelamento de salários está sendo analisada, nesta semana, em assembleias dos trabalhadores em diversos estados. Os sindicatos filiados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), propõem rechaçar a esta proposta indecente", diz o secretário de comunicação da Fentect, Emerson Marinho.
Um ato presencial contra a proposta da empresa está marcado para o próximo dia 13 ( segunda-feira), com concentração a partir das 10 horas da manhã e início às 10:30h, em frente à sede dos Correios, em Brasília. A Fentect ainda organiza outras atividades permanentes, com um calendário de lutas a ser divulgado.
Em nota, a Fentect diz que a verdade é que a cada dia, a empresa vem aumentando sua capacidade de lucro às custas dos trabalhadores que vêm sofrendo com a sobrecarga do serviço.
“O governo Bolsonaro e seu vassalo Floriano Peixoto, presidente dos Correios, tentam baixar a auto- estima dos trabalhadores e tentam impor a narrativa que a ECT precisa ser privatizada para melhor atender a população. Isso é mais um engodo. Na verdade, eles querem entregar as empresas públicas para o capital privado a preço de banana apenas para atender a sanha privatista do minsitro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, que tem como missão acabar com Estado brasileiro, para que não seja mais indutor de políticas públicas e de desenvolvimento social e econômico”, diz trecho da nota.
Fonte CUT Brasil, por Rosely Rocha