Trabalhadoras e trabalhadores na Copasa realizaram manifestação em frente à sede da empresa, nesta quinta-feira, 19, a partir das 8 horas, em protesto contra a distribuição extra de R$ 820 milhões para acionistas e denunciam sua gestão como estratégica para sucateá-la e facilitar o processo de privatização.
Na última segunda-feira, 13, a empresa distribuiu R$ 63 milhões aos acionistas, relativos aos lucros do 3º trimestre de 2020. Com esta distribuição extra, a empresa pode chegar a uma distribuição de R$ 1.022 bilhão neste ano, sendo 50,04% de transferência para o Governo do Estado, acionista majoritário.
O presidente do sindicato que representa a categoria, Sindágua, Eduardo Pereira, denuncia que “ao mesmo tempo em que esvazia seu caixa, deixando de investir no saneamento público, a empresa busca no mercado recursos de R$ 500 milhões com emissão de debêntures”. Considera a medida como “um verdadeiro crime de lesar a sustentabilidade financeira e destruir a capacidade operacional da empresa”.
O presidente do Sindicato lembra que esta política de transferência de recursos públicos para as mãos privadas antecipa o que poderia vir acontecer em um processo de privatização, com a prioridade operacional exclusivamente em municípios ricos e abandonando à própria sorte comunidades sem capacidade de pagar pelo saneamento. Eduardo acusa a empresa de não reinvestir os recursos obtidos com as tarifas, de destruir a imagem de eficiência da Copasa, contrariar prefeitos e populações municipais, que passam a ser manipulados para reclamarem dos serviços e pelo não cumprimento de contratos, estratégia para desgastar e entregar a empresa mais facilmente à privatização”.
MANIFESTAÇÃO
Rua Mar de Espanha – Em frente à sede da Copasa – Bairro Santo Antônio
Fonte: CUT Minas