O ano novo começou com gritaria da população contra a Copasa, jogando mais lenha na fogueira armada pelo Governo Zema para desgastar a imagem da empresa e insuflar os discursos de privatização.
As contas de água começam 2023 com um aumento tarifário linear de 15,7%, quase o triplo da inflação que serviu de base para reajustar nossos salários em 1º de novembro.
A autorização de reajuste nas tarifas conseguida pelo Governo Zema junto à Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgoto Sanitário (Arsae) chega depois das eleições de outubro, para que não servisse de desgaste para o atual ocupante no governo de Minas.
Certamente a população terá dificuldade de entender este reajuste potencial nas tarifas, principalmente pelos repasses milionários que a direção da Copasa entrega de seu lucro para acionistas, chegando a verdadeiros disparates. Apenas no terceiro trimestre deste ano a Copasa divulgou um lucro líquido de R$ 227,1 milhões, resultado superior aos R$ 16,3 milhões apurados em igual período do ano passado. Em um argumento que nos parece absurdo, gestor da empresa afirma que o consumidor mais pobre, com uma renda familiar total de R$ 733,05, conseguirá arcar com o aumento da tarifa social, pois terá mais condição de pagamento, diante do “Auxílio Brasil” que teria sido projetado em R$ 400, mas com perspectiva de ficar em R$ 600.
Caminhamos para um novo Governo Federal em que as atividades produtivas terão prioridade sobre as especulações financeiras e uma empresa de serviço público deve se obrigar rigorosamente em ser instrumento do Estado para o esforço de recuperar a economia, sobretudo quando sobrevive de tarifas arrancadas nos bolsos de toda a sociedade.
Fonte: Sindágua MG