Contra o fim do Ministério do Trabalho e Reforma da Previdência



Contra o fim do Ministério do Trabalho e Reforma da Previdência

As centrais CUT, Força Sindical, CTB, Intersindical, CSB, CSP-Conlutas, NCST, UGT e CGTB lançaram documento com princípios gerais que garantem a universalidade e o futuro da Previdência e da Seguridade Social. Após encontro na segunda-feira (12), no auditório da Escola Dieese de Ciências do Trabalho, em São Paulo, foram anunciadas mobilizações contra o fim da aposentadoria nos dias 22 e 26 deste mês. Segundo reportagem de Tatiana Melim, no Portal CUT, o objetivo é fazer frente à ideia de reforma da Previdência que vem sendo defendida pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro.

O documento divulgado pelos sindicalistas destaca direitos a serem assegurados, políticas públicas a serem aprimoradas, formas de financiamento alternativas que podem melhorar a gestão, como a revisão de todas as desonerações e isenções, a recriação do Ministério da Previdência Social, além de medidas de avaliação e monitoramento permanente do sistema previdenciário brasileiro.

“Com o lançamento deste documento, demos início a uma campanha permanente em defesa da Previdência e do direito dos trabalhadores e trabalhadoras se aposentarem", disse o secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre.

No próximo dia 22 será realizado um dia Nacional de Mobilização, com panfletagens, assembleias nos locais de trabalho e diálogo com a população para esclarecer os riscos de uma nova proposta de reforma da Previdência nos moldes exigidos pelo mercado, como propõe o presidente de extrema-direita, que pretende adotar o modelo de capitalização.

Em 26 de novembro, os trabalhadores farão atos em frente ao Ministério do Trabalho e em todas as Superintendências Regionais do Trabalho espalhadas pelo Brasil para protestar contra a proposta do fim da pasta e reitera a defesa  das aposentadorias.

Para o secretário-geral da CUT-SP, João Cayres, o próximo período será de intensa luta para conseguir barrar as propostas apresentadas por Bolsonaro e seu guru econômico, Paulo Guedes, já indicado como futuro ministro da Economia.

“Guedes é oriundo da Escola de Chicago e foi um dos responsáveis por ajudar a implementar a capitalização da Previdência no Chile durante a ditadura de Pinochet e agora ele quer trazer essa agenda que deu errado lá para o Brasil”, critica o dirigente.

“Para se ter ideia de como a proposta chilena é ruim é só pedir para o trabalhador entrar em qualquer banco e pedir uma simulação de previdência privada. Aí é só comparar por quantos anos tem de contribuir, o valor mínimo e quanto irá receber, considerando os riscos de investimentos. Todos se convencerão que o nosso modelo público é uma conquista que não podemos perder”, disse Cayres.

A CUT Minas discute a programação da mobilização no Estado.

Fonte: Rede Brasil Atual

 

 

 

 

 

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