Contra a privatização da Eletrobras: esta luta é de todos!
Os eletricitários e eletricitárias do Grupo Eletrobras estão mobilizados para impedir a privatização da estatal federal de eletricidade mais estratégica para a soberania do Brasil.
Esta luta não é só deles, é também de todos nós, da Cemig e de empresas do setor. Não somos uma ilha, o que afeta os companheiros da Eletrobras afeta todos os eletricitários.
A luta é feita com protestos nas ruas e nos locais de trabalho e debates públicos sobre os efeitos perversos da privatização para trabalhadores e sociedade, entre outras mobilizações.
Os trabalhadores denunciam o ataque do (des)governo ilegítimo à soberania nacional e ganham o apoio de especialistas do setor elétrico, que criticam a venda. Profissionais do setor apontam que, além do ataque à soberania, haverá aumento imediato e, depois, sucessivos, das tarifas de energia.
Os trabalhadores estão se movimentando com a realização de várias audiências públicas e uma verdadeira peregrinação por cidades e no Congresso Nacional para o debate dos impactos sociais da privatização. Tudo para conscientizar a sociedade da importância de lutar todos juntos em defesa do patrimônio da população. Por todos esses motivos, o estado de greve dos trabalhadores das distribuidoras do Grupo é permanente.
A agenda e a coordenação das lutas contra a privatização são doColetivo Nacional dos Eletricitários (CNE), formado pela FNU (Federação Nacional dos Urbanitários) e dezenas de sindicatos de eletricitários.
O Sindieletro é associado à FNU e participa dessa luta. A Frente de Parlamentares contra a Privatização da Eletrobras atua no Congresso para evitar a venda da estatal.
(Des)governo a todo o vapor pela privatização
No Congresso já tramita o PL 9463/2018 para a venda da Eletrobras. O governo golpista pretende vender (ou doar?) a estatal por R$ 12,2 bilhões, contra o valor real estimado até por agentes do mercado de R$ 200 bilhões.
Nos próximos dias deve ser publicado um decreto do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) com a indicação do nome que irá coordenar a privatização da Eletrobras e determinar o modelo de venda. Na Câmara dos Deputados já foi instalada uma Comissão Especial para tratar da privatização. Também há a previsão de leiloar o maior patrimônio dos brasileiros no setor elétrico em 4 de maio.
O Grupo Eletrobrás éa maior empresa do setor elétrico da América Latina e responsável por um terço da geração de energia do Brasil. Segundo o ex-presidente da empresa, Luiz Pinguelli Rosa, a privatização é um negócio de interesse de grupos financeiros, em especial de multinacionais, que buscam controlar o setor elétrico brasileiro.
