Mais uma vez o Sindieletro tem que sair em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras da Terceiriza. O motivo, de novo, é a combinação entre irresponsabilidade e desrespeito por parte da empreiteira e a omissão da gestão Cemig.
De acordo com denúncias recebidas pelo Sindicato, os trabalhadores e trabalhadoras da Terceiriza estão novamente com os salários atrasados. Como não bastasse a falta do pagamento que garante o pão de cada dia, a empreiteira também está dando “o cano” no tíquete alimentação.
Desde a data-base dos trabalhadores e trabalhadoras – que venceu em março deste ano – o valor do tíquete alimentação deveria ter sido corrigido de R$ 14 para pouco mais de R$ 15. Entretanto, a empreiteira continua depositando o valor antigo e, o que é pior, semanalmente.
Coação? - Ainda com relação ao tíquete alimentação, o Sindieletro apurou outro fato absurdo. Ao perceber que estavam recebendo menos do que deviam, alguns trabalhadores procuraram a empresa para cobrar o reajuste. A resposta da empresa foi pagar, na semana seguinte, R$ 13, R$ 1 a menos do valor que vinha sendo pago por dia. Seria um erro da Terceiriza ou um recado para os trabalhadores?
A empreiteira havia se comprometido a regularizar a situação até o último dia 6, mas descumpriu o combinado. A direção do Sindieletro já cobrou da gerência de RH/RT da Cemig uma solução rápida para o problema. O setor ficou de se pronunciar sobre o caso.
Lembramos, também, que a fase do discurso já passou há muito tempo. Agora é hora da gestão da Cemig tomar providências e deixar de ser refém dos mandos e desmandos de empreiteiras como a Terceiriza.
Acertos atrasados - Outro problema ainda não resolvido é o do pagamento das verbas rescisórias dos trabalhadores (as) da Terceiriza que foram incorporados pela Sertã na última mudança de contrato. Muitos receberam parte do acerto depois que a Cemig reteve as verbas do contrato da Terceiriza para quitar os débitos com os trabalhadores. O restante do valor devido tornou-se obrigação da empreiteira, mas até agora os trabalhadores não viram a cor do dinheiro. Do grupo de trabalhadores que ainda têm verbas rescisórias pendentes, quatro não receberam um centavo sequer.