Continua a greve dos eletricitários da Ecel



Continua a greve dos eletricitários da Ecel

Greve na Ecel: sem acordo, eletricitários mantêm paralisação e completa 20 dias na segunda(5).

Uma audiência de instrução foi realizada no Fórum da Justiça do Trabalho em Coronel Fabriciano, na tarde da terça-feira (30), para tentar mediar uma negociação entre os trabalhadores da Ecel Engenharia e Construções LTDA, em greve desde 17 de julho. A Ecel é prestadora de serviços da Cemig. Sem acordo, devido à postura da Ecel de não negociar, os trabalhadores permanecem em greve e o caso segue agora para o Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Belo Horizonte.

Os trabalhadores exigem esclarecimentos sobre o desconto sindical realizado em seus contracheques, além de melhoria nos benefícios e de remuneração. A Ecel presta serviços nos setores de construção, manutenção, corte e ligação de energia elétrica, entre outros.

Segundo um dos diretores do Sindieletro, Joubert Fernando de Paula, a audiência teve a presença apenas de representantes da Ecel, que declarou ser a legítima representante dos trabalhadores. “A única proposta feita pela empresa é que os trabalhadores voltem ao trabalho para ser iniciada uma negociação e isso é totalmente rejeitado pelos trabalhadores”, contou.

Os funcionários da Ecel pretendem, agora, definir os rumos do movimento de paralisação. Conforme o Sindieletro, eles pretendem ampliar a greve para os polos de Guanhães, João Monlevade e Itabira. Joubert Fernando acredita que, na próxima semana, ocorra a nova audiência no TRT-MG para dar prosseguimento às negociações.

O Sindieletro garante que a greve tem uma adesão muito grande, atingindo a todos os municípios atendidos pela Cemig no Vale do Aço, mas não prejudica os serviços essenciais porque há um empenho por parte da estatal em fazer um reforço com os prestadores de serviço.

Empresas

Procurados pelo DIÁRIO DO AÇO, representantes da empresa no bairro Caravelas não quiseram se pronunciar sobre a situação. Em nota, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), informou que a rotina de atendimento à população não foi alterada em função da greve dos empregados da terceirizada Ecel, vinculados à companhia no Vale do Aço.

A Cemig ressalta, ainda, que não interfere nos processos de negociação salarial ou de acordo coletivo de trabalho entre as prestadoras de serviços e seus respectivos empregados, podendo apenas cobrar delas o cumprimento do contrato de prestação de serviços. “Por fim, garante o atendimento de qualidade a seus clientes, independentemente de ocorrências como esta”, conclui a nota.

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