'Conta de luz pode triplicar se Cemig perder Usinas'



'Conta de luz pode triplicar se Cemig perder Usinas'

Conta de luz pode triplicar se Cemig perder Usinas, diz governoO governador Fernando Pimentel afirmou na quarta-feira (9) que, se as usinas da Cemig forem leiloadas, a conta de luz pode triplicar. “Isso vai ser um impacto terrível. Se um investidor vier e pagar os cerca de R$ 11 bilhões que o governo federal quer, depois vai querer se ressarcir na conta de luz. Hoje, a tarifa é relativamente barata, mais vai ficar três vezes mais cara”, afirmou o governador. Já pelos cálculos da Cemig, a tarifa pode dobrar. De qualquer maneira, o consumidor pagará mais caro.

Atualmente, o preço do megawatt-hora gira entre R$ 30 e R$ 40. Segundo estimativas do governo federal, que espera arrecadar R$ 11 bilhões com o leilão das usinas de Jaguara, São Simão, Miranda e Volta Grande, a remuneração pode chegar a R$ 140. Como a composição do custo considera outros fatores, como impostos, por exemplo, a conta de luz não aumentará na mesma proporção. De acordo com o diretor jurídico da Cemig Luciano Ferraz, não há como bater o martelo sobre o aumento, mas a tarifa pode até dobrar.

Além do aumento do valor do megawatt-hora, se a Cemig perder essas quatro usinas, sua capacidade de geração será reduzida pela metade e a empresa terá que recorrer ao mercado livre para manter o volume de fornecimento, que tem um custo três vezes maior.

O leilão está marcado para o dia 27 de setembro. Mas a Cemig e o governo mineiro ainda não desistiram de manter as concessões. A concessionária tenta barrar a venda na Justiça. Na quarta-feira (9), o Tribunal de Contas da União (TCU) negou um pedido da empresa. Entretanto, no dia 22 de agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar outra solicitação nesse mesmo sentido.

Segundo estimativas do TCU, o investidor terá que ser ressarcido com R$ 1,34 bilhão ao ano, durante 30 anos. Essa conta será dividida não somente com o consumidor mineiro, mas com todos os brasileiros. Já a Cemig estima que essa bonificação será de R$ 1,7 bilhão.

Fonte: O Tempo

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