Antes mesmo da Conservadora Campos assumir a prestação de serviços de manutenção, os efeitos das demissões já afetam vida de trabalhadores e as condições e trabalho em vários prédios da Cemig, na Grande BH.
Eletricitários denunciam e enviam imagens (abaixo) que comprovam que a situação do Quarteirão 14, na Cidade Industrial, onde o número de trabalhadores caiu de 33 para 20, piorou muito, principalmente nas cantinas e banheiros, que agora acumulam lixo no chão e sujeira nos vasos e pias.
A piora na manutenção deve ser sentida no Quarteirão 10, que conta com 15 trabalhadores para fazer toda a limpeza do local, mas apenas cinco terão contratos renovados. No Anel Rodoviário estão anunciando a redução de 35 para 13 trabalhadores, sendo que entre os dispensados há pessoas com 20 anos de casa.
Também estão divulgando que na Sede e em outros locais haverá redução do quadro de trabalhadores para realizar o mesmo trabalho.
Pressão
Além das demissões, a conservadora já chegou reduzindo vale transporte e há denúncias de prática de assédio contra trabalhadores da Sede (Rua Barbacena, 1200) já no período de transição. Os prédios enormes que eram limpos pelas equipes completas continuam do mesmo tamanho o que indica que a pressão sobre os trabalhadores que ficarem na empresa será gigante.
O Sindieletro reafirma que é inaceitável essa política de privilégios e de discriminação dentro da estatal. Enquanto há denúncias de que o presidente da Cemig, Bernardo Salomão, recebeu uma PLR de R$400 mil, a Cemig reduz benefícios e é conivente com a demissão de trabalhadores mais vulneráveis economicamente e praticamente sem benefícios trabalhistas.
Quarta teve protesto
Os trabalhadores ameaçados de serem demitidos realizaram protesto nas portarias no último dia 8, contra a demissão e a exploração na Conservadora Campos e contra a conivência da Cemig.
A palavra de ordem foi “queremos o nosso emprego”. O movimento tem a solidariedade dos eletricitários do quadro próprio que presenciam o sofrimento desses trabalhadores.