Como se não bastasse o clima de medo em meio à pandemia provocada pelo novo Coronavírus, que aterroriza a população brasileira, e que até o momento já contabilizou um saldo de mais de 16 mil mortes no país, os trabalhadores enfrentam, também, o fantasma do desemprego e/ou da redução de salários e direitos.
A péssima notícia vem da Conservadora Campos. O Sindieletro recebeu informação de que a empreiteira que presta serviços de conservação e limpeza em diversos locais na Cemig demitiu vários trabalhadores, alguns com mais de 10 anos de casa, zelando para que os companheiros da Cemig trabalhem em um ambiente limpo e bem cuidado.
A onda de demissões nas contratadas da Cemig contribuirá ainda mais para o agravamento da crise econômica e até mesmo para oferecer mais riscos de contaminação no ambiente Cemig. Os demitidos terão que se virar para honrar seus compromissos, pagar as contas, como a fatura da luz, da água, e garantir a alimentação, entre outros custos. Ja na Cemig, os trabalhadores e trabalhadoras que continuam com as atividades presenciais terão que esperar maior tempo para a higienização dos espaços internos, o que compromete a segurança em relação à contaminação do Coronavírus.
A opção de cortar gastos, principalmente em cima da parcela mais pobre da população, é uma atitude mesquinha e mostra que a principal preocupação das empresas e da própria Cemig não é com a saúde e com o bem-estar dos trabalhadores, mas conseguir acumular mais lucro, explorando o máximo dos trabalhadores que ainda estão empregados.
O Sindieletro repudia as demissões e chama à responsabilidade as empreiteiras e a Cemig para o compromisso social de proteção à vida, principalmente dos trabalhadores, a parte mais vulnerável da cadeia produtiva e quem mais luta para a superação da crise.