Com remuneração de R$77 mil por mês, presidente continua ditadura na Copasa



Com remuneração de R$77 mil por mês, presidente continua ditadura na Copasa

Empresa chamou sindicatos para negociar e apresentou proposta horrível, sem nenhuma conversa

O presidente da Copasa, Carlos Eduardo Tavares de Castro, faz de tudo para aumentar o valor do que recebe pelo seu trabalho à frente da empresa. Vem pelejando há quase três anos para tirar um pedaço da PL linear dos trabalhadores e favorecer o alto escalão com uma remuneração muito mais generosa. Seus cerca R$ 56 mil de salários como presidente estão saltando ao patamar de R$ 77 mil, com a cruzadinha realizada pelo governador Romeu Zema, que ofertou-lhe mais um cargo do Estado, no Conselho de Administração da Cemig, situação denunciada nos meios de comunicação.

Para os trabalhadores, no entanto, sobram apenas ameaças, arrocho nos salários e benefícios sociais, tentativa de desmanchar direitos duramente conquistados pela categoria. Apesar da alta lucratividade da empresa, de ter distribuído mais de R$ 1 bilhão de lucro para acionistas, a Copasa continua o desprezo pelos trabalhadores, não cumpre as sentenças judiciais em que foi fragorosamente derrotada em seu propósito de não pagar a PL Linear. Carlos Eduardo melhora extraordinariamente sua remuneração de marajá, enquanto os trabalhadores ficam sem reajuste sequer pela inflação acumulada há três anos.

A empresa convidou o SINDÁGUA e outros sindicatos para iniciar as negociações do Acordo Coletivo 2021, em reunião nesta sexta, dia 7. Mas o presidente da Copasa simplesmente repetiu todo o seu autoritarismo, arrogância e desrespeito pelos que constroem a empresa. Simplesmente não houve negociações. A empresa chegou com uma proposta pronta: NÃO reconhece a data-base, oferece 7% de reajuste nos salários, cesta básica e tíquete refeição, NÃO aceita cláusula de Garantia de Emprego e também NÃO aceita discutir o direito à PL dentro do Acordo Coletivo, querendo negociação separada.

Pior ainda, faz um histórico de 14 milhões de desempregados no País, faz ameaças com alusão a acordos para reduzir jornadas e salários e deixa claro que, no caso de perda de concessões, terá como única alternativa demitir os trabalhadores das referidas localidades.

O SINDÁGUA repudia esta postura da direção da Copasa, não aceitamos vender os direitos da categoria e nos mobilizamos para denunciar todo este arranjo nocivo para os trabalhadores, para a própria empresa, que querem privatizar, e para a população ameaçada de perder o acesso a um serviço de saneamento essencial e vital.

Fica nossa indignação contra esta postura autoritária e terrorista, bem ao gosto do que vivemos no País com a tragédia do mandonismo, da irresponsabilidade social.

Fonte: Sindágua-MG

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