Na última sexta-feira (13), a direção da Cemig reuniu gerentes e superintendentes para dar o recado nefasto: a empresa quer a saída, ainda em 2016, de pelo menos mil trabalhadores pelo Programa de Demissão Voluntária. O Sindieletro alerta os eletricitários para não cederem a qualquer tipo de pressão da Cemig e pára denunciar qualquer ação nesse sentido.
O Sindicato também chama a atenção para a contradição da Cemig que quer desfalcar o quadro próprio enquanto concede reajuste de 36,65% para presidente, 24% para conselheiros e de 22,54% para diretoria. A empresa também abriu as torneiras - sem dó e nem piedade - para aumentar o número de contratados para fazer as atividades do pessoal efetivo.
Para o Sindieletro, além de ser uma atitude irresponsável, a prioridade deveria ter sido chamar os classificados da seleção interna. Além disso, tem os ad nutum - sendo que alguns desses assessores indicados nem vão trabalhar diariamente - e do elevado número de cargos gerenciais desnecessários que não para de crescer.
Enquanto mostra a porta da rua para trabalhadores, a gestão da Cemig ainda mantém superintendências com cinco eletricitários apenas e, recentemente, criou mais uma superintendência. A Cemig também mantém privilégios para as altas chefias como o restaurante exclusivo instalado no 18° andar só para atender a diretoria, assim como uma frota própria com veículos caros e sem necessidade, à disposição dos diretores.
A empresa que quer o desligamento dos eletricitários também promoveu, recentemente, o aumento no valor das diárias para viagens internacionais e no cartão corporativo. Tudo isso, somado à falta de fiscalização nas empreiteiras e à manutenção de várias empresas do Grupo Cemig que dão prejuízo são preocupantes.
Pior ainda é que tudo isso esta acontecendo em tempos de forte pressão sobre a Cemig D para cumprir metas da Aneel e manter a concessão.